Área: Doenças malignas e pré‐malignas dos cólons, reto e ânus
Categoria: Pesquisa básica
Forma de Apresentação: Pôster
Objetivo(s): O câncer colorretal (CCR) é aquele que acomete cólon, reto e apêndice cecal, correspondendo a um dos mais frequentes tipos de câncer, acometendo 10% de todos os casos novos de câncer diagnosticados e 8,5% de mortes, sendo o terceiro mais frequente em homens e o segundo em mulheres, em todo o mundo. No Brasil, segundo dados do INCA, estima‐se que a incidência de 16,83/100 mil homens e 17,90/100 mil mulheres, no biênio 2018–2019. A presença de metástase é a principal causa de mortalidade e indicador de mau prognóstico em pacientes com CCR, sendo o fígado o sítio metastático mais comum. Aproximadamente 15% dos pacientes com CCR são diagnosticados com metástase hepática sincrônica, e 50% dos pacientes com CCR desenvolveram metástase hepática metacrônica após a ressecção do tumor primário. Segundo Tao et al. (2019), apenas cerca de 40% dos CCR tem diagnóstico realizado em seu sítio primário, sendo os 60% restantes são diagnosticados a partir de metástases locais ou distantes. Os fatores que influenciam o padrão anatômico das metástases permanecem pouco compreendidos. Os sítios mais frequentes de metástase no câncer colorretal incluem fígado, pulmão, sistema nervoso e osso, dentre os mais comuns. Objetivo: Avaliar da incidência de neoplasia metastática ao diagnóstico de câncer colorretal em 2018 em nossa instituição.
Método: Realizado levantamento de dados através de prontuário eletrônico para identificação de casos com evidência de metástase ao diagnóstico da neoplasia colorretal no ano de 2018 e correlacioná‐los com dados da literatura.
Resultados: Em nosso serviço foram diagnosticados 84 novos casos de câncer colorretal, dos quais 26 pacientes (31%) apresentavam ao estadiamento inicial sinais de metástase. Dos 26 pacientes diagnosticados, 15 apresentavam câncer de colón (57,6%) e 11 de reto (42,3%), sendo que 18 apresentavam metástase hepática (10 com neoplasia de cólon como sítio primário x 8 com primário em reto), 6 com metástase pulmonar (2 cólon x 4 reto), 8 com metástase para linfonodos regionais (5 cólon x 3 reto), 1 caso com metástase para baço, 1 com metástase óssea, 2 com evidência de carcinomatose peritoneal e 1 com lesão metastática em pâncreas e duodeno. No total de pacientes avaliados, 8 pacientes apresentavam metástase em mais de um sítio, sendo que os demais apresentavam apenas 1 sítio de acometimento.
Conclusão(ões): Os sítios de metástase constituem fator prognóstico importante no CCR, sendo que a relação entre a localização do tumor primário, suas características moleculares e seus locais de metástase podem fornecer dados importantes para contribuição futura no tratamento e sobrevida dos pacientes com CCR.