Objetivo: Avaliar a influência do uso precoce do Infliximab sobre a cicatrização de anastomose no cólon esquerdo de ratos em um modelo experimental de colite, comparar a força de ruptura da anastomose e analisar a relação com a cicatrização da parede abdominal.
Método: Foram distribuídos 32 ratos em quatro grupos com oito animais cada. Nos dois primeiros grupos, foi feita a indução de colite por enema de ácido acético 7% com dose de 3mL por via retal, não houve indução de colite nos outros dois grupos. Nos grupos que receberam infliximab (IFX) administrou‐se no 1° DPO e outros quatro no 3° DPO e nos controles solução de NaCl a 0,9% no 1° DPO. Os ratos foram submetidos a laparotomia para exposição do cólon distal com secção a cerca de 2,5 a 3,5cm acima da reflexão peritoneal e anastomose término‐terminal do segmento. No 7° DPO foi feita a relaparotomia, avaliaran‐se a variação de peso, a força de ruptura da anastomose e da parede abdominal e achados histopatológicos nas lâminas.
Resultados: Nos animais com colite houve maior perda de peso em relação aos sem colite, mais acentuada nos que receberam IFX no 1° DPO (p=0,007). O IFX piorou a força de rutura da anastomose nos animais com colite quando administrado no 1° DPO (p=0,001), porém quando administrado no 3° DPO ou com placebo o IFX não piorou a força de ruptura da anastomose nos animais com colite, essa foi maior do que nos animais sem colite (p=0,001).
Conclusão: Nas condições deste estudo, o IFX influenciou negativamente a cicatrização de anastomose quando administrado no 1° DPO.