Journal Information
Vol. 37. Issue S1.
Pages 163-164 (October 2017)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 37. Issue S1.
Pages 163-164 (October 2017)
P‐212
Open Access
LESÃO PRÉ‐SACRAL COM RESSECÇÃO PERINEAL EXCLUSIVA: UM DESAFIO PARA O CIRURGIÃO COLORRETAL
Visits
...
Diogo Araujo Ribeiro, Ramir Luan Perin, Patricia Zacharias, Renato Vismara Ropelato, Ivan Folchini de Barcelos, Eron Fabio Miranda, Paulo Gustavo Kotze
Hospital Universitário Cajuru, Curitiba, PR, Brasil
Article information
Full Text

Introdução: Tumores pré‐sacrais têm incidência de uma em cada 40.000 internações hospitalares. Devido a essa baixa frequência, há pouca experiência com o diagnóstico e tratamento dessas lesões.

Objetivo: Relatar o caso de uma paciente com tumor pré‐sacral e discutir manejo e prognóstico.

Relato do caso: Paciente feminina, 44 anos. Durante investigação de dor abdominal, ecografia transvaginal identificou cisto de ovário direito. Tomografia e ressonância nuclear magnética de abdômen e pelve identificaram lesão cística com conteúdo espesso no espaço pré‐sacral com extensão do períneo até a terceira vértebra sacral com 100 x 51 x 68mm (180mL). Ausência de sinais de infiltração aos planos adjacentes e deslocamento retal para a direita. A paciente foi submetida a ressecção do cisto com incisão transversa perineal posterior em posição de litotomia. A análise da peça cirúrgica revelou tratar‐se de cisto dermoide, não relacionado com a histologia do cisto de ovário, operado por laparoscopia, descrito como cistoadenoma seroso.

Discussão: Tumores pré‐sacrais são classificados em congênitos, adquiridos, neurogênicos, ósseos e “outros”. A RNM é o exame com maior sensibilidade e especificidade para investigação e programação cirúrgica. Deve‐se evitar biópsia e a ressecção cirúrgica é o tratamento preconizado. Cistos dermoides são lesões benignas congênitas que surgem da camada ectodérmica e são revestidos por células epiteliais, podem conter fâneros. A quarta vértebra sacral usualmente constitui o limite cranial de decisão entre o acesso puramente perineal ou combinado. Entretanto, nesse caso a ressecção total do cisto por via perineal foi bem‐sucedida, apesar do seu limite cranial ser na terceira vertebra sacral.

Conclusões: A decisão sobre o tipo de abordagem baseada nos exames de imagem é essencial para o sucesso do tratamento. A excisão adequada de lesões císticas benignas pré‐sacrais tem ótimo prognóstico com taxa de recidiva de aproximadamente 11%.

Idiomas
Journal of Coloproctology

Subscribe to our newsletter

Article options
Tools