O Linfoma Plasmablástico (LP) é considerado uma entidade clínica relativamente nova, ainda sem uma etiopatogenia definida, sendo considerado um desafio diagnóstico e terapêutico. Acomete principalmente pacientes portadores do vírus HIV/SIDA, em sua maioria homens, entre a terceira e quarta décadas de vida, tendo a cavidade oral como principal sítio de acometimento. O envolvimento extraoral é ainda mais raro.
Neste presente trabalho relatamos um caso de linfoma plasmablástico perianal simulando em sua apresentação inicial uma trombose hemorroidária, em um homem de 39 anos, portador de SIDA. O LP é responsável por cerca 2,6% de todos os linfomas relacionados com o HIV, em geral apresentam um prognóstico reservado, com a maioria dos pacientes com sobrevida menor que um ano após o diagnóstico. Porém bons resultados podem ser alcançados com uso de quimioterapia nos estágios iniciais da doença. O LP deve ser um diagnóstico diferencial a ser considerado em pacientes portadores do vírus HIV já que seu diagnóstico em um estágio inicial é essencial para iniciar o tratamento e melhorar a sobrevida do doente.