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Vol. 37. Issue S1.
Pages 86 (October 2017)
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Vol. 37. Issue S1.
Pages 86 (October 2017)
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LIPOSSARCOMA RETRORRETAL: RELATO DE CASO
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Marcos Antônio de Souza Júnior, Hélio Moreira Júnior, José Paulo Teixeira Moreira, Raniere Rodrigues Isaac, Paula Chrystina Caetano de Almeida Leite, Caroline de Lima Oliveira, Malú Aeloany Dantas Sarmento
Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, GO, Brasil
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Introdução: Sarcomas de partes moles são raros e representam apenas 1 a 2% das tumorações malignas. Até 20% podem se apresentar no retroperitônio, o lipossarcoma é o mais comum nessa região. A apresentação clínica é pobre, o que favorece uma descoberta em uma fase avançada, com grande volume tumoral.

Descrição do caso: M.L.A.A., 61 anos, aposentada, em tratamento com a proctologia por constipação intestinal crônica. Exame proctológico com hipotonia esfincteriana ao toque retal e mamilos hemorroidários internos à anuscopia. Colonosocopia de 26/05/15 com presença de tumoração extrínseca que comprimia parede retal posterior a 6cm da margem anal. Tomografia de abdome de 09/06/15 com lesão expansiva em parede lateral direita do retossigmoide com densidade de partes moles, media 11,2 x 9,8 x 8,6cm e ressonância magnética com volumosa lesão expansiva sólida retrorretal, heterogênea, em contato com parede posterior de retossigmoide. Submetida a exérese de tumor retrorretal, retossigmoidectomia com anastomose colorretal e ileostomia de proteção em 8/10/15. Anatomopatológico de lipossarcoma pleomórfico com margens livres e imuno‐histoquímica positiva para AML (1A4), CD34, CD K4, desmina, EMA, MDM2 e p63. Em acompanhamento ambulatorial semestral com tomografia de pelve de controle.

Discussão: O tratamento cirúrgico com ressecção neoplásica com margens livres é a única possibilidade de cura. O lipossarcoma pleomórfico em região retroperitonial tem sobrevida em cinco anos menor do que 75%, tem baixa taxa de metástase a distância e a maior causa de morte nesses casos é a recidiva local ou invasão de órgãos vizinhos. O papel da quimioterapia e radioterapia nesse tipo de paciente é questionável.

Conclusões: A baixa incidência desse tipo de neoplasia dificulta o surgimento de trabalhos prospectivos relacionados ao uso de radioterapia e quimioterapia adjuvantes. Hoje, o sucesso dessa patologias está associado a uma descoberta precoce e com ressecção tumoral completa e com margens livres.

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Journal of Coloproctology

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