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Vol. 38. Issue S1.
Pages 45 (October 2018)
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Vol. 38. Issue S1.
Pages 45 (October 2018)
P174
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MANEJO DE TUMORAÇÃO PELVICA DURANTE A GESTAÇÃO – RELATO DE CASO
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Leandro Minatel Vidal Negreiros, Conceição de Maria Aquino Vieira Clairet, Silvio Augusto Ciquini, Tamires Robles, Isabella Garlati Inocêncio, Eduardo Vidilli Alves Pereira, Douglas Bernal Tiago
Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC‐Campinas), Campinas, SP, Brasil
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Introdução: Feminino, 27 anos, secundigesta, com idade gestacional (IG) 10+4 (A), com queixa de polaciúria e dor hipogástrica. Apresentava abaulamento de parede vaginal. Realizado USTV e ressonância nuclear magnética (RNM).

Material e método: Revisado prontuário da paciente.

Resultados: Evidenciado lesão expansiva localizada na cavidade pélvica, medindo 12,4×11,4×10,2cm, deslocava a vagina e o útero superoanteriormente e o reto para a esquerda. Realizada biópsia transcutânea. O conjunto favorecia leiomioma, neoplasia com diferenciação muscular ou tumor desmoide. Na amostra, marcação para CD117 negativa, desfavorecendo GIST. Receptor hormonal positivo para estrógeno e progesterona. Nova RNM de controle com neoplasia medindo 17,1×13,5×11,5cm. Iniciado tratamento quimioterápico com doxorrubicina 60mg/m2. Paciente evolui com descolamento prematuro de placenta com 29 semanas. Realizado cesariana com incisão mediana sem intercorrências. Interna eletivamente para passagem de cateter duplo J e cirurgia. Em nova RNM evidenciou‐se aumento das dimensões da lesão expansiva, medindo 17,5×14,5×11,0cm. Realizada cirurgia extensa, com abordagem abdominal e perineal, sendo ressecada massa com 1,5kg de peso. Anatomopatológico com aspecto morfológico e a imunomarcação dando suporte ao diagnóstico de leiomioma.

Discussão e conclusões: Paciente jovem que teve diagnóstico de massa pélvica durante a gestação. Com isso, de maneira cautelosa e com o impedimento de métodos muito invasivos, houve dificuldade em realizar diagnóstico definitivo desde o início, escolha da terapêutica e conduta quanto a evolução da gestação e riscos para o feto. Os leiomiomas não resultam em sintomas específicos e o diagnóstico geralmente é feito após o efeito de massa. Como relatado no caso, os diagnósticos diferenciais se fazem principalmente entre tumor estromal e leiomiossarcomas, e a análise imunoistoquímica tem papel essencial na diferenciação. Porém, a cirurgia é a única opção curativa, e a abordagem combinada abdomino‐perineal foi necessária e resolutiva para o acesso e dissecção da massa volumosa. Destaca‐se a importância do acompanhamento em conjunto com as especialidades médicas em prol do benefício da paciente. Comentários finais: Apesar de se tratar de um tumor benigno, o leiomioma se torna um desafio ainda maior durante a gestação, tanto no diagnóstico, terapêutica e pela sua condição evolutiva.

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Journal of Coloproctology

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