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Vol. 37. Issue S1.
Pages 120 (October 2017)
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Vol. 37. Issue S1.
Pages 120 (October 2017)
P‐108
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MEGACÓLON TÓXICO POR RETOCOLITE ULCERATIVA
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Valesca de Souza Ueoka, Malu Aeloany Dantas Sarmento, Hélio Moreira Júnior, José Paulo Teixeira Moreira, Paula Chrystina Caetano Almeida Leite, Raniere Rodrigues Isaac, Elida Natalie Silveira Faria
Hospital das Clínicas de Goiás, Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, GO, Brasil
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Introdução: A doença inflamatória intestinal é qualquer processo inflamatório com causa conhecida ou não, a RCU (retocolite ulcerativa) é limitada ao cólon e reto, atinge até a submucosa. Os sintomas dependem da extensão e da localização da inflamação, podem apresentar diarreia, hematoquezia, tenesmo e possibilidade de desenvolvimento do megacólon tóxico.

Descrição: Paciente G.B.C.G, 16 anos, havia um ano apresentava hematoquezia, astenia e diarreia. Submetida a colonoscopia que visualizou reto e cólon com mucosa edemaciada e hiperemiada, friável ao toque do aparelho, recoberta de fibrina até ângulo hepático e anatomopatológico, evidenciava retite crônica não granulomatosa com folículos linfoides, foi diagnosticada RCU e iniciada mesalazina. A paciente piorou, foi internada e iniciado tratamento com antibioticoterapia, mesalazina via retal e oral e hidrocortisona. Teve melhoria parcial, recebeu alta com mesalazina oral e azatioprina supositório retal. Após duas semanas, manifestou diarreia, enterorragia e dor abdominal intensa, foi reinternada. Foi feito tratamento conservador, porém evoluiu com sepse e radiografias evidenciaram distensão progressiva do transverso, culminou em megacólon tóxico não responsivo a tratamento clínico, fez‐se colectomia total com ileostomia terminal em 26/05/17. Paciente evoluiu bem, não apresentou complicações pós‐operatórias e recebeu alta em 09/06/17.

Discussão: O megacólon tóxico representa uma das mais graves complicações das doenças inflamatórias intestinais. Tem início abrupto, provoca diarreia sanguinolenta, anorexia, cólica, desidratação, distúrbios hidroeletrolíticos, taquicardia, hipoalbuminemia, febre, leucocitose, distensão abdominal, oligúria, confusão mental, hipotensão e choque séptico. O tratamento inicial envolve hidratação, correção de distúrbios hidroeletrolíticos, antibióticos e corticoides. Qualquer pioria em 24‐72h, peritonite, dilatação crescente do cólon, hemorragia maciça e choque séptico são indicações de operação. Porém, apesar de todos os critérios, ainda há controvérsia sobre o momento ideal de indicação do tratamento cirúrgico, principalmente após o surgimento dos biológicos.

Conclusão: A intervenção mais precoce na vigência de megacolón tóxico resultou em uma excelente evolução pós‐operatória.

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Journal of Coloproctology
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