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Vol. 38. Issue S1.
Pages 100 (October 2018)
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Vol. 38. Issue S1.
Pages 100 (October 2018)
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MELANOMA ANORRETAL: RELATO DE CASO\
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Raíssa de Oliveira Aquino Schüffner, Cínthia Magalhães Ulhoa, Karoline Roberti, Maria Claudia Lima dos Santos, Iara Vasconcellos Seixas, Giovana da Costa Zibetti, Marcelo Alves Raposo da Câmara
Hospital Federal dos Servidores do Estado, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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Introdução: O melanoma anorretal é uma neoplasia maligna rara de comportamento agressivo e com prognóstico desfavorável, associado a uma sobrevida global ruim. Essa patologia é responsável por apenas 1% de todos os tumores malignos anorretais e devido à localização oculta e pobreza de sintomas precoces, o diagnóstico geralmente é tardio, sendo os mais comuns queixas de sangramento e dor retal, tenesmo e alteração do hábito intestinal. Como o melanoma anorretal é raro, apenas pequenas séries de casos têm sido relatadas na literatura, o que dificulta o estudo sobre o melhor tratamento e seguimento dos casos.

Caso clínico: Paciente 65 anos, sexo feminino, história de hematoquezia, apresentava ao exame físico lesão polipoide de aproximadamente 2cm, não pigmentada em margem anal com extensão para canal anal. Sem evidência de linfonomegalia inguinal ao diagnóstico. Resultado da biópsia revelou carcinoma, amostra enviada para imunohistoquímica que comprovou o diagnóstico de melanoma anorretal com positividade para proteína S100. Foi submetida à excisão ampla local, evoluindo com recuperação clínica e alta hospitalar em 2 dias. Resultado histopatológico descreve melanoma de canal anal medindo 2,5×2,0 infiltrando toda a parede, sem perfuração. Limites de ressecção livres.

Discussão e conclusão: A ressecção local ampla pode ser a primeira escolha para tratamento do melanoma anorretal primário, quando existe a possibilidade de margens cirúrgicas negativas. A amputação abdominoperineal deve ser considerada para tumores grandes, quando a excisão local ampla não é factível. Relatos na literatura apontam o tratamento cirúrgico como sendo o mais eficaz para o melanoma anorretal, sendo também importante considerar a quimioterapia, a radioterapia e a imunoterapia, a fim de influenciar a sobrevida global. Contudo, devido à raridade dessa patologia e escassez de dados, ainda não existe consenso quanto ao tratamento cirúrgico mais adequado, podendo encontrar dados de sobrevida semelhantes entre pacientes após excisão ampla local ou amputação abdominoperineal.

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Journal of Coloproctology

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