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Vol. 38. Issue S1.
Pages 59 (October 2018)
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Vol. 38. Issue S1.
Pages 59 (October 2018)
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NEOPLASIA INTRAEPITELIAL ANAL COMO DIAGNÓSTICO HISTOPATOLÓGICO EM PACIENTE SUBMETIDA A HEMORROIDECTOMIA
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Mariane Christina Savio, Fernanda Letícia Cavalcante Miacci, Norton Luiz Nóbrega, Maria Cristina Sartor, Antonio Baldin Júnior, Marssoni Deconto Rossoni, Antonio Sérgio Brenner
Hospital de Clínicas, Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba, PR, Brasil
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Introdução: A neoplasia intraepitelial anal (NIA) parece ter forte associação com o vírus HPV e é possivelmente a lesão precursora do carcinoma anal. Seu diagnóstico é histológico, sendo realizado através da colposcopia e citologia anal, que vem sendo realizada em alguns centros para rastreamento especialmente de populações de alto risco (como os imunossuprimidos e portadores do vírus HIV). Este diagnóstico pode também, raramente, advir do estudo histopatológico de peças cirúrgicas provenientes do canal anal. Nosso objetivo é relatar um caso de diagnóstico histológico de NIA em paciente submetida a hemorroidectomia.

Descrição do caso: Paciente feminina, 47 anos, advogada, veio ao ambulatório de Coloproctologia por queixa de abaulamento perianal doloroso e sangramento retal frequente, vivo, há mais de 1 ano. Previamente hígida, negava cirurgias prévias. Ao exame, a paciente apresentava plicomas e hemorroidas externas volumosas, circunferenciais e hemorroidas internas grau IV. Não haviam outras lesões macroscópicas e a paciente não possuía histórico de quaisquer lesões verrucosas perianais e/ou ginecológicas. Negava histórico de neoplasias ginecológicas. Citologia do colo uterino realizada periodicamente e sem alterações. A paciente foi submetida a hemorroidectomia pela técnica de Ferguson – realizadas ressecções dos mamilos hemorroidários anterior direito, posterior direito e lateral esquerdo, sem intercorrências. Teve boa evolução pós‐operatória e recebeu alta no pós‐operatório imediato com orientações. O exame anatomopatológico das peças cirúrgicas evidenciou neoplasia intraepitelial associada ao tecido hemorroidário, com displasia de alto grau no epitélio escamoso de superfície.

Discussão e conclusão: Acredita‐se que entre 8,5% e 13% das NIA de alto grau evoluirão para carcinoma invasivo, indicando necessidade de rastreamento e seguimento desses pacientes. O rastreamento ainda não está bem estabelecido e costuma ser reservado às populações consideradas de alto risco. Entretanto, este diagnóstico pode ocorrer incidentalmente, como no caso descrito, mesmo em populações sem fatores de risco. Desta maneira, destacamos a importância do envio para exame anatomopatológico de todas os produtos de ressecção hemorroidárias e das demais cirurgias orificiais, para que não haja atraso ou falha no diagnóstico.

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Journal of Coloproctology

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