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Vol. 38. Issue S1.
Pages 7 (October 2018)
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Vol. 38. Issue S1.
Pages 7 (October 2018)
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O DILEMA DA RESPOSTA CLÍNICA COMPLETA
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Livia Barbosa da Silva, Rodolfo Cordeiro Fonseca, Tarciana Ribeiro Santos, Maruska Dib Iamut, Paulo Cesar de Castro Junior, Luiz Fernando Pedrosa Fraga, Francisco Lopes Paulo
Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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Introdução: O câncer colorretal é atualmente um dos tumores malignos mais comuns no mundo, sendo a localização no reto a mais frequente. Uma dificuldade nessa localização se faz nos casos próximos à borda anal e se pesa a realização de cirurgia mutiladora. Inúmeras alternativas já foram propostas para as lesões de reto baixo com o objetivo de preservação do esfíncter. Com a instituição de terapia neoadjuvante (radioquimioterapia) uma nova variável foi introduzida a essa equação. A observação dos bons resultados da neoadjuvância em alguns casos, inclusive com resposta patológica completa, suscitou a elaboração de trabalhos a respeito ‐ notadamente os estudos pioneiros de “Watch and Wait” desenvolvidos no Brasil. Desta forma nos cabe a pergunta: O que fazer diante da resposta clínica completa após neoadjuvância?

Descrição do caso: W.P.C., masculino, 57 anos, diagnosticado com tumor de reto a 3cm da borda anal em 2015, indicado terapia de neoadjuvante. Concluiu radio e quimioterapia em setembro de 2015, apresentando resposta clínica completa. Optou‐se por acompanhamento clínico, pois o paciente mostrou‐se resistente a cirurgia mutiladora. Após 1 ano e 5 meses apresentou recidiva do tumor a 4cm da borda anal em parede anterior direita. Foi submetido a cirurgia de ressecção de reto com anastomose coloanal e ileostomia de proteção em 24/04/2017. Não houve indicação de quimioterapia adjuvante, sendo acompanhado para fechamento de ileostomia. Apresentou estenose da anastomose coloanal e foram realizadas dilatações em ambulatório. Em janeiro de 2018 apresentou elevação do CEA e imagem no PET SCAN sugestiva de recidiva pélvica sendo indicado cirurgia de Miles.

Discussão: A observação de resposta clínica completa e a divulgação ampla de trabalhos sobre o tema nos coloca cada vez mais diante da dúvida sobre como agir frente a um paciente portador de patologia inicialmente tratável por cirurgia de Miles e que, no momento, não se apresenta mais com o tumor. Até quando indicar a cirurgia e até que ponto devemos levar em consideração a opinião do paciente sobre a sua escolha terapêutica frente a uma resposta clínica completa após neoadjuvância. Nesse caso apresentado observamos a recidiva tumoral por duas ocasiões: 1 ano e 5 meses e 2 anos e 3 meses após neoadjuvância. Teríamos ajudado mais fazendo a cirurgia desde o princípio?

Conclusão: Ainda não existem indicações definitivas sobre a melhor opção de tratamento após a resposta clínica completa da neoadjuvância.

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Journal of Coloproctology

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