Objetivo: Avaliar a razão de linfonodos acometidos (RLA) com a sobrevida livre de doença (SLD) e sobrevida global (SG) em portadores de câncer de reto (CR) submetidos ou não à quimioradioterapia neoadjuvante (QRT).
Método: Análise retrospectiva de pacientes com CR submetidos ou não a QRN, entre 1995‐2011. A RLC foi determinada pela divisão do número total de linfonodos dissecados no espécime cirúrgico pelo número de comprometidos. Em cada grupo foi avaliada a relação entre a RLA e a SG e SLD. As variáveis foram analisadas com os testes exato de Fisher, de Kruskal‐Wallis e de Mann‐Whitney, com nível de significância de 5%.
Resultados: Foram avaliados 410 pacientes, 54,63% do sexo masculino. A SG foi de 4,76±3,86 anos, a SLD de 4,02±3,91 anos. A média de linfonodos examinados por espécime cirúrgico foi de 20,02±17,67, de linfonodos comprometidos de 2,02±4,56 e a RLC i de 0,11±0,21. Houve diferença entre a SLD e SG comparada com a RLA em pacientes com QRT com risco de 9,278 (IC95% 4,373‐19,687; p<0,0001) e 4,214 (IC95% 1,566‐11,483; p<0,0045) respectivamente. Pacientes sem QRT apresentaram risco de 8,674 (IC95% 3,655‐20,58; p<0,00014) vezes e 13,157 (IC95% 4,675‐37,024; p<0,0001).
Conclusão: Os dados possibilitam afirmar que em portadores de cancer de reto a RLA associou‐se a maior risco de óbito nos pacientes sem QRT (13,157 vs. 4,214), mas não à SLD (8,674 vs. 9,278).