Objetivos: Análise descritiva do perfil dos usuários do Sistema Único de Saúde, atendidos e abordados cirurgicamente em Hospital Universitário do Espírito Santo.
Metodologia: Realizou‐se um estudo observacional transversal retrospectivo, através de dados dos prontuários, para tratamento de neoplasia maligna do cólon em Hospital Universitário de Vitória, no período de janeiro de 2016 a dezembro de 2017. Uma ficha protocolo foi confeccionada com variáveis:idade, sexo, raça, história familiar,sinais e sintomas, tempo entre o início dos sintomas e o diagnóstico, fatores de risco associados, localização da lesão,caráter da cirurgia (eletiva ou urgência), descrição cirúrgica, internação em unidade de terapia intensiva (UTI) ou semi‐intensiva no pós‐operatório, complicações no pós‐operatório.
Resultados: Dos 82 pacientes submetidos a tratamento cirúrgico nos dois anos avaliados com diagnóstico histopatológico de neoplasia maligna do cólon, sendo mais frequente no sexo feminino (51%).A idade média ao diagnóstico foi 61,32 anos. Quanto à cor, a maioria era parda (53%). O principal fator de risco foi o etilismo e a maioria foi câncer esporádico. Os sinais e sintomas mais prevalente foram dor abdominal, perda ponderal, alteração do hábito intestinal ehematoquezia. O tempo médio entre o início da sintomatologia e o diagnóstico foi de 7,5 meses. A maioria das lesões estavam localizadas em reto e sigmoide (51%), seguido por cólon ascendente (28,7%).Quanto ao caráter da cirurgia,86,6%foram eletivos e 13,4%de urgência, por abdome agudo obstrutivo. Quanto a abordagem cirúrgica, 75,6% foram por laparotomia,13,4% por laparoscopia e 11% laparoscopia convertida para laparotomia por intercorrências. Quanto aos aspectos cirúrgicos, predominou a anastomose primária termino‐terminal, com sutura mecânica.O tempo de internação foi em média de 13,3 dias, variando entre 1 e 92 dias, sendo o tempo médio em terapia intensiva/semi‐intensivade 3,9 dias. 37% dos pacientes apresentaram complicações.
Conclusão: A avaliação crítica do perfil e do tratamento cirúrgico dos pacientes com neoplasia maligna de cólon permite melhorar as condutas e também notar a tendência da laparoscopia no tratamento cirúrgico oncológico em um hospital público.