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Vol. 37. Issue S1.
Pages 138 (October 2017)
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Vol. 37. Issue S1.
Pages 138 (October 2017)
P‐151
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OVOS DE ESQUISTOSSOMA EM ANÉIS ANASTOMÓTICOS APÓS RESSECÇÃO DE TUMOR DE RETO
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Luciana Martins Krohling, Tarcianna Ribeiro Santos, Paulo César de Castro Junior, André da Luz Moreira, Luiz Fernando Pedrosa Fraga, Francisco Lopes Paulo, Larissa Vieira Tavares Dos Reis
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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Introdução: A esquistossomose é uma parasitose causada por vermes do gênero Schistosoma. Há, aproximadamente, 150 milhões de infectados no mundo, cinco milhões só no Brasil. A esquistossomose intestinal pode levar a dor abdominal, diarreia e sangramento nas fezes. Hepatoesplenomegalia é comum em casos avançados e, frequentemente, está associada a ascite e hipertensão portal.

Descrição do caso: Paciente masculino de 53 anos, com emagrecimento, alteração do hábito intestinal e enterorragia, diagnosticado com tumor de reto alto, submetido a retossigmoidectomia e anastomose primária com grampeador. Na análise histopatológica foram evidenciados ovos de Schistosoma mansoni em anéis anastomóticos. Foi feita, portanto, investigação clínica e radiológica e não foram encontradas alterações hepáticas, renais ou cardiovasculares. O paciente foi encaminhado à oncologia e iniciou quimioterapia adjuvante sem tratamento para a parasitose. Após o término do tratamento oncológico adjuvante, retornou à proctologia e foi encaminhado ao serviço de doenças infectoparasitárias. Apesar de assintomático, foi feito tratamento com praziquantel por tratar‐se de um caso confirmado de esquistossomose em um paciente submetido a tratamento quimioterápico e, portanto, passível de apresentar comprometimento imunológico que causaria uma evolução desfavorável da doença.

Discussão: Os pacientes diagnosticados com neoplasia maligna de reto podem apresentar sintomas tais como dor abdominal, alteração do hábito intestinal, sangramento nas fezes e emagrecimento. Neste caso, além da sintomatologia descrita anteriormente, foi evidenciada tumoração de reto em exame endoscópico, com diagnóstico confirmado por biópsia. Todavia, a esquistossomose intestinal também poderia justificar a existência dos mesmos sintomas.

Conclusão: Não se pode negligenciar a existência de portadores assintomáticos do Schistosoma, embora pouco usual em áreas não endêmicas, deve‐se estar apto a reconhecer e tratar a doença.

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Journal of Coloproctology

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