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Vol. 37. Issue S1.
Pages 79 (October 2017)
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Vol. 37. Issue S1.
Pages 79 (October 2017)
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PACIENTES COM CÂNCER DE RETO DISTAL: DESFECHOS PARA ESCOLHER A ESTRATÉGIA DE TRATAMENTO PARA PACIENTES COM CÂNCER DE RETO BAIXO
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Sergio Carlos Nahas, Leonardo Bustamante‐Lopez, Rodrigo Ambar Pinto, Caio Sergio Nahas, Carlos Frederico Sparapan Marques, Cintia Mayumi Sakurai Kimura, Ivan Ceconello
Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP, Brasil
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Introdução: Muito esforço tem sido feito para aumentar a preservação esfincteriana no tratamento do câncer de reto baixo.

Objetivo: Analisar os resultados do tratamento cirúrgico de pacientes com câncer de reto distal e identificar os desfechos e fatores prognósticos.

Métodos: Pacientes com neoplasia de reto baixo operados com ou sem preservação do esfíncter entre 2005 e 2012 foram retrospectivamente estudados através de base de dados prospectiva. Os seguintes fatores foram analisados e relacionados à sobrevida em cinco anos e recorrência: idade, gênero, presença de linfonodos acometidos, invasão da parede retal e metástases. Pacientes com carcinomatose peritoneal ou doença sistêmica avançada foram excluídos.

Resultados: Foram incluídos 148 pacientes com tumor de reto baixo, 78 do sexo feminino (52,7%), 7,4% pacientes tinham menos de 40 anos, 52,7% entre 41 e 60 anos e 46,6% mais de 60 anos. Neoadjuvância de curso longo foi feita em 86,5% dos pacientes, ressecção abdominoperineal em 58,1% e ressecção anterior baixa com preservação do esfíncter em 41,9%. Quanto à invasão da parede, 34 pacientes (23%) eram T2, 77 (52%), T3 e 15 (10%), T4. Acometimento linfonodal foi observado em 41 (27,7%). Em análise univariada, a quimioterapia neoadjuvante e idade<40 correlacionaram‐se a maior recorrência; estádios avançados (T3 e T4), acometimento linfonodal e baixo grau de diferenciação tumoral correlacionaram‐se com menor sobrevida (p<0,005). Análise multivariada mostrou que tumores indiferenciados (p=0,026) e ressecção abdominoperineal (p=0,009) estavam associados a maior taxa de recorrência. O seguimento médio foi de 32 meses. Sobrevida em cinco anos foi de 58,1%. A estratificação por tipo de cirurgia identificou pior sobrevida em cinco anos nas ressecções abdominoperineais (46,5%), em relação à ressecção anterior baixa (74,2%).

Conclusão: Tipo histológico indiferenciado e ressecção abdominoperineal demonstraram‐se fatores de pior prognóstico em pacientes com câncer retal.

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