Objetivo: Sistematizar o envio das peças para anatomia patológica, assim como o seu preparo e análise pelo patologista de acordo com normas do American College of Surgeons. Avaliar o tamanho das peças: margens e meso antes e após imersão em formol.
Métodos: Foram avaliadas 27 peças de cirurgias colorretais oncológicas no período de 1 mês (maio a junho de 2018). As peças foram enviadas para o laboratório de anatomia patológica abertas ou fechadas. Foram realizadas medidas das margens distal, proximal, do meso até o ponto de ligadura do vaso principal e do mesorreto crânio‐caudal e látero‐lateral nos casos de excisão total do mesorreto. Determinado o tempo de análise das peças após imersão em formol (menor que 24h, entre 24 e 48h e acima de 48h).
Resultados: 27 peças, sendo 4 retossigmoidectomias com excisão total do mesorreto, 9 colectomias direitas, 1 colectomia esquerda e 13 retossigmoidectomias. 55,6% dos pacientes do sexo feminino e 44,4% do sexo masculino. Idade média 63,18 anos (32 a 82 anos). 25,9% das peças foram enviadas abertas e 74,1% fechadas. 23,8% das peças foram analisadas dentro das primeiras 24 horas, 66,7% entre 24 e 48 horas, e 9,5% após 48 horas de imersão em formol. Redução média do meso de 2,68cm após análise pelo patologista. Redução das margens proximal e distal de 2,93cm e 2,45cm, respectivamente após análise pelo patologista. Observamos tendência em maior redução das margens após maior tempo de imersão da peça em formol.
Conclusão: A análise histopatológica das peças é essencial na cirurgia colorretal oncológica. O laudo anatomopatológico é um documento que comprova a execução da cirurgia segundo os preceitos oncológicos: margens adequadas e número suficiente de linfonodos dissecados. Padronização desta análise e do tempo após a cirurgia em que ela é executada torna‐se essencial para otimizar os resultados e acompanhamento de pacientes com câncer colorretal.