Introdução: Como opção ao tratamento cirúrgico nos casos de obstrução intestinal, pode‐se considerar o uso de stent metálico autoexpansível. Seu uso é bem estabelecido nos casos de obstrução neoplásica, é o tratamento de escolha nos casos de obstrução com indicação de tratamento paliativo. É também uma opção válida à cirurgia para paliação da obstrução nos casos de doença maligna extracolônica.
Descrição: Paciente do sexo masculino, 71 anos, diagnosticado com adenocarcinoma de cauda de pâncreas em junho de 2016. Já no diagnóstico apresentava invasão esplênica e da flexura esplênica do cólon, metástase pulmonar e hepática, foi considerado como tratamento paliativo. Evoluiu com dispepsia e constipação intestinal, apresentou em dezembro de 2016 quadro de suboclusão intestinal. Feita tomografia abdominal, evidenciou importante massa extrínseca que comprimia o cólon transverso e obstruía o lúmen intestinal nesse ponto. Optou‐se por passagem de stent metálico autoexpansível no cólon. Paciente apresentou melhoria do quadro de suboclusão intestinal, permaneceu assintomático. Foi a óbito em março de 2017 por causas decorrentes da neoplasia de pâncreas.
Discussão: Uma vez implantados, os stents se expandem lentamente, conseguem assim a permeabilidade da anatomia obstruída. Esse método pode ser usado como uma medida paliativa definitiva ou pode ser usado como tratamento provisório ate a estabilização do paciente para posteriormente fazer a cirurgia. É bem estabelecido o uso de stents metálicos em obstrução intestinal, contudo os dados da literatura sobre seu uso por compressões extrínsecas são escassos.
Conclusão: Este caso veio corroborar a literatura em relação à boa eficácia e segurança na uso de stents metálicos colorretais nos casos de obstrução intestinal.