Área: Ensino em Coloproctologia
Categoria: Pesquisa básica
Forma de Apresentação: Tema Livre (apresentação oral)
Objetivo(s): O procedimento de Colostomia em alça constitui uma medida fundamental no manejo de diversas doenças prevalentes e causadoras de elevado grau de morbimortalidade na população ocidental, como Neoplasias Colorretais. Trata‐se da confecção de um canal entre o intestino e o meio externo para a retirada do bolo fecal, ocasionando limitações às atividades de vida diária sofridas pelo paciente. Nesse cenário, é indispensável um corpo de cirurgiões capazes de realizar essa conduta de maneira eficaz, diminuindo o tempo de presença da bolsa e risco de complicações a que o doente está sujeito. Infelizmente, simuladores para essa prática mostram‐se caros e de difícil reprodução, dessa forma, esse trabalho a proposta de um modelo de baixo custo e fácil replicabilidade para o treino da Colostomia, e como ele foi avaliado por um grupo de estudantes de Medicina.
Método: O modelo é formado por duas partes. A primeira: uma representação de uma alça intestinal, composta por placas de espuma e feltro. A segunda mimetiza as camadas da parede abdominal, feitos de papel EVA e espuma, tudo dentro de um manequim. Em curso de Cirurgia, estudantes passaram por simulações de uma colostomia, após uma aula expositiva sobre o assunto, composta de duas fases: Diérese dos planos da parede abdominal e Fixação da alça à parede. Ao fim, os participantes respondiam um questionário na escala Likert, avaliando o modelo, indo de “discordo totalmente” até “concordo totalmente”.
Resultados: Com uma amostra de 51 estudantes, indo do segundo ao oitavo semestre do curso de medicina e na faixa etária de 18 a 36 anos, observou‐se 56,9% possuía experiência prévia com o ensino da cirurgia. Dentro dos questionamentos, todos os alunos concordaram, total ou parcialmente, acerca do modelo ter uma correlação anatômica satisfatória, possibilitar a movimentação adequada para realizar a tarefa, propiciar visualização adequada e que pode ser reproduzido. Outras perguntas sobre a ergonomia e qualidade dos materiais também tiveram avaliações significativamente positivas, com apenas 2% dos avaliadores discordando parcialmente, e mais de 80,4% concordando totalmente. Mantendo o padrão de boa percepção, 92,2% da amostra concorda totalmente com a hipótese de que o simulador é adequado para o treino da prática da Colostomia, enquanto os outros 7,8% afirma, parcialmente, o mesmo. Encerrando com a inquirição de que o modelo, em geral, representa, fielmente, o procedimento real. 68,6% dos estudantes atesta totalmente que “sim”, enquanto os outros 27,5% confirma de maneira parcial, o restante discordou parcialmente ou se mostrou indiferente.
Conclusão(ões): Observando a predominância de avaliações positivas, define‐se um modelo promissor para o treinamento de Colostomia para acadêmicos, com ou sem contato prévio com a ciência cirúrgica, no contexto do baixo custo, reprodutibilidade e similaridade com o procedimento real. Entretanto, melhorias acerca da ergonomia e qualidade do material foram salientadas.