Objetivo: Avaliar o perfil manométrico de pacientes constipados de um serviço de fisioterapia do assoalho pélvico.
Materiais e métodos: Estudo de coorte prospectivo, conduzido entre janeiro/2013 e abril/2017, englobou 204 pacientes encaminhados para fisioterapia pélvica com queixas de constipação, diagnosticados segundo o Escore de Constipação de Wexner (ECW) e avaliados pela manometria anorretal (MAR). Os parâmetros avaliados foram: pressão de repouso, pressão de contração e esforço evacuatório.
Resultados: A média de idade dos pacientes estudados foi de 44,5 anos, com média do ECW de 16,3 pontos, mulheres 188 (92%); 63% das mulheres tiveram em média 1,6 gestação (1‐9). Dessas em média 0,8 (1‐5) foi parto vaginal; 41% fizeram cirurgias orificiais (0‐2). A presença de normotonia esfincteriana de repouso foi encontrada em 88 pacientes (43%) e de normotonia de contração em 112 (44%). A hipertonia esfincteriana de repouso esteve presente em 29 pacientes (3,5%) e a hipertonia de contração em 18 (9,6%). A hipotonia esfincteriana de repouso foi observada em 75 pacientes (44%) e a hipotonia de contração em 65 (46%); 160 pacientes (78%) apresentaram ausência de relaxamento do músculo puborretal e esfíncter anal externo, sugeriu anismus.
Conclusão: A hipotonia de repouso e contração, bem como o anismus, é achado importante a se considerar no tratamento da constipação intestinal.