Introdução: As doenças inflamatórias intestinais (DII) são enfermidades crônicas que afetam a qualidade e expectativa de vida dos pacientes. A doença de Crohn (DC) e a retocolite ulcerativa (RCUI) são as formas mais comuns das DII, se caracterizam por inflamação crônica do intestino, de etiologia ainda não esclarecida. Nos países desenvolvidos, a incidência das DII encontram‐se acima de 10 a 20 casos/105 habitantes/ano, enquanto as taxas de prevalência são superiores a 20 casos/105 habitantes. Na europa, a prevalência de Dc varia de 1,5 a 213 casos/105 habitantes, enquanto a prevalência de rcui de 2,4 a 294 casos/105 habitantes. Por outro lado, as DII já começam a ter maior expressão em países em desenvolvimento. No brasil, não há registros de incidência e prevalência das DII no pais como um todo, por regiões geográficas ou mesmo por estado da federação. Na região nordeste, essas doenças ainda são pouco frequentes, embora os hospitais universitários tenham registrados crescente aumento de atendimento ambulatorial e internações hospitalares com DC e RCUI. O aumento da incidência das DII tem sido associado com o maior grau de industrialização das regiões estudadas e a ocidentalização no estilo de vida, incluindo hábitos alimentares e tabagismo. Acometem pacientes jovens e economicamente ativos e apresentam alta morbidade. Isso representa grande custo econômico para indivíduos e para a saúde publica devido ao uso prolongado de medicamentos, necessidade de inúmeros e complexos exames, diagnósticos, internação hospitalares frequentes e, muitas vezes, realização de cirurgias.
Objetivo: Analisar o perfil dos pacientes em acompanhamento ambulatorial especializado em doença inflamatória intestinal no hospital universitário professor Alberto Antunes da Universidade Federal de Alagoas (HUPAA), analisando o diagnóstico, gênero, idade, tempo de tratamento e conduta terapêutica.
Metodologia: Foi realizado um estudo transversal, descritivo, através da análise do prontuário eletrônico.
Resultados: Nossa casuística foram de 84 pacientes, 34 homens e 50 mulheres. Desses 38 apresentam DC e 46 RCUI, com media de idade de 40 anos(média de 48 anos) e com tempo médio de doença de 7,2 anos de diagnóstico. Nota‐se também que 51%(43) dos pacientes fazem uso de algum imunobiológico.
Conclusão: Evidenciou‐se predomínio do gênero feminino, houve prevalência de RCUI sobre a DC, os imunológicos foi observada como droga angular no tratamento na maioria dos casos.