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Vol. 38. Issue S1.
Pages 143 (October 2018)
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Vol. 38. Issue S1.
Pages 143 (October 2018)
TL55
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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PORTADORES DE DOENÇA DE CROHN DE ACOMETIMENTO PERIANAL EM UMA COORTE MUNICIPAL PAULISTA
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Dayanne Alba Chiumento Zimmer, Flávio de Queiroz Silva, Paula Buozzi Tarabay, Gabriela Domingues Andrade Ribeiro, Joaquim José Oliveira Filho, Gustavo Sevá‐Pereira, Marcello Imbrizi Rabello
Hospital Municipal Dr. Mário Gatti, Campinas, SP, Brasil
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Objetivo: Avaliar o perfil epidemiológico dos pacientes em tratamento de Doença de Crohn (DC) com manifestação perianal, em acompanhamento em um ambulatório especializado em doença inflamatória intestinal de Campinas – SP.

Método: Foram avaliados prontuários de pacientes portadores de DC em segmento ambulatorial e posteriormente selecionados aqueles com comprovado acometimento perianal. As variáveis analisadas foram: idade, localização e comportamento da doença, terapia atual e prévia e comorbidades associadas.

Resultados: Dos 43 pacientes com DC, 25,5% tinha doença perianal, configurando a amostra final. Destes, 54,5% eram do sexo masculino. A idade média dos pacientes ao diagnóstico foi de 39 anos (±11,1). A média de tempo de diagnóstico foi de 6,25 anos (±6,25). Quanto a localização da doença, 91% tinham doença colônica e os demais, Ileocolônica. A maioria (63,6%) dos pacientes tinha doença de comportamento inflamatório (B1 de Montreal), 18,2% estenosante (B2) e 18,2% com padrão penetrante. Apesar da baixa prevalência do fenótipo penetrante, 30% dos pacientes tinham doença fistulosa perianal. Observamos que apesar do diagnóstico de doença de Crohn, muitos dos pacientes (64%) faziam uso de mesalazina previamente a admissão ao ambulatório, todos eles com manifestações de doença ativa. Atualmente 30% fazem uso de mesalazina tópica associada a imunoterapia, visando melhora dos sintomas perianais. 55% dos pacientes fazem uso de terapia biológica e 9% em uso de azatioprina. 36% dos pacientes fazem uso de antibioticoterapia e terapia com corticosteroides, em preparo para terapia direcionada à DC. Quase metade dos pacientes (45%) já necessitaram intervenção cirúrgica. Quanto a doenças associadas relevantes, um paciente tinha diagnóstico de HIV e hepatite B, mas doenças infecciosas locais não foram a causa do acometimento perianal.

Conclusão: Evidenciamos uma prevalência de doença perianal semelhante aos dados da literatura. Existe maior associação da doença colônica com o acometimento perianal. A maioria dos pacientes necessitou de terapia biológica (anti Fator de Necrose Tumoral) e uma proporção importante dos pacientes já haviam sido submetidos à intervenções cirúrgicas, demonstrando maior severidade de doença. A doença perianal confere gravidade à Doença de Crohn, e o estudo epidemiológico destes pacientes se mostra importante para o maior conhecimento deste grupo de pacientes.

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Journal of Coloproctology

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