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Vol. 39. Issue S1.
Pages 166 (November 2019)
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Perfil epidemiológico de hemorragia digestiva baixa em um hospital universitário de referência
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B.R. da Silvaa,b, R.B. Sampietroa, J. Gogisnkia,b, M.V. Furlanettoa, U.M. Glazaa,b, A. Correiac, G.F. Ferrarinia, K.W.C.S. Araujoa,b
a Hospital Universitário Evangélico Mackenzie, Curitiba, PR, Brasil
b Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná, Curitiba, PR, Brasil
c Universidade Positivo, Curitiba, PR, Brasil
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Área Doenças malignas e pré‐malignas dos cólons, reto e ânus

Categoria Pesquisa básica

Forma de Apresentação Tema Livre (apresentação oral)

Objetivo(s) Caracterizar o perfil epidemiológico do paciente com HDB em um hospital de referência no período de setembro de 2017 a janeiro de 2019.

Método Estudo retrospectivo realizado com coleta de informações de prontuário e protocolo dos 772 pacientes do Serviço de Hemorragia Digestiva (HD) em hospital referência único para casos agudos de HD enviados pelo Sistema Único de Saúde em Curitiba. Foram realizadas análises descritiva e estatística das prevalências segundo dados clínicos e epidemiológicos.

Resultados Dos 772 pacientes com HD, 98 tiveram diagnóstico de HDB, compondo a amostra (12,7%). Havia 54 homens (55,1%) e 44 mulheres (44,9%). Apenas 3 pacientes morreram durante a internação por HDB (3,1%). A idade média dos pacientes foi de 64 anos (24‐93), mas 60 deles tinham pelo menos 60 anos (61,2%). Hematoquezia e/ou enterorragia foi o principal sintoma, apresentado por 78 pacientes (79,6%). O valor médio da hemoglobina foi 10g/dL (3,2‐15,7g/dL). Vinte pacientes tinham hemoglobina<7g/dL (20,4%). A maioria dos pacientes necessitou de transfusão de hemácias (50 pacientes, 51%). A medicação contínua mais associada a HDB foi o antiagregante plaquetário (9 pacientes, 9,2%), seguida de anti‐inflamatórios não esteroidais em 8 (8,2%). Hipertensão arterial sistêmica foi relatada por 48 pacientes (49%) e diabetes mellitus II por 21 (21,4%). A colonoscopia foi o exame escolhido para 80 pacientes (81,6%). Abordagem cirúrgica foi necessária em 21 casos (21,4%): 15 remoções de tumor, 5 casos de abdome agudo obstrutivo e 1 correção de fístula reto‐vaginal. Cinco pacientes foram diagnosticados com úlceras no cólon ou reto (5,1%), 17 com diverticulite (17,3%), 22 com diverticulose (22,4%), 22 com hemorróidas internas (22,4%). Trinta pólipos foram encontrados em 22 pacientes (22,4%). Tumores foram encontrados em 17 pacientes (17,3%), sendo 12 colônicos e 5 retais. Vinte e sete pacientes foram diagnosticados com neoplasia (27,6%), 7 no cólon sigmoide, 7 no reto, 4 no cólon ascendente, 4 no cólon descendente, 4 no ânus e 1 no cólon transverso. Inflamação em intestino grosso ou íleo terminal foi encontrada em 12 casos (12,2%). Duas fístulas retovaginais e duas angiodisplasias foram encontradas (2%).

Conclusão(ões) Pacientes com HDB são geralmente idosos, hipertensos, apresentando hematoquezia e/ou enterorragia, e necessitaram de transfusão em metade dos casos. A colonoscopia é frequentemente necessária e os principais achados são diverticulose, hemorróidas internas, pólipos e neoplasias, geralmente na região retossigmoidiana.

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Journal of Coloproctology
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