Área: Doenças malignas e pré‐malignas dos cólons, reto e ânus
Categoria: Pesquisa básica
Forma de Apresentação: Pôster
Objetivo(s): O objetivo do nosso estudo é analisar o perfil epidemiológico dos pacientes diagnosticados com neoplasia de reto no ambulatório de Coloproctologia em serviço de referência no centro‐oeste paulista no ano de 2018 em comparação com as estatísticas globais e avaliar a necessidade de adequação das atuais diretrizes de rastreio populacional.
Método: Trata‐se de estudo observacional, analítico, transversal. A população estuda foi composta por 84 pacientes do ambulatório de Coloproctologia desse serviço, diagnosticados com câncer colorretal no período de março a novembro de 2018. Foram analisadas as seguintes variáveis: sexo, idade no momento do diagnóstico e lateralidade do tumor. Os dados obtidos foram submetidos a análise estatística simples.
Resultados: Dos 84 pacientes do ambulatório de coloproctologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu‐UNESP diagnosticados com câncer colorretal no período de março a novembro de 2018, 32, ou seja, 38,09% eram homens e 52, ou seja, 61,90% eram mulheres. Considerando‐se a faixa etária acometida, 10 pacientes (11,90%) tinham idade menor do que 50 anos e apenas 2 deles (2,38%) tinham idade menor do que 40 anos. Considerando‐se a topografia do tumor, 25 pacientes (29,76%) apresentavam tumores de cólon direito enquanto 59 (70,23%) apresentavam tumores de cólon esquerdo. Dentre os tumores de cólon esquerdo, 33 (55,93%) eram tumores de reto e 26 (44,06%) eram tumores de cólon esquerdo propriamente dito.
Conclusão(ões): O objetivo do nosso estudo era estudar as características epidemiológicas da população diagnosticada com câncer colorretal no período de março a novembro de 2018 em nosso serviço e, a partir destes dados, estabelecer uma comparação com as estatísticas nacionais e globais e realizar uma análise crítica sobre as atuais diretrizes adotadas para o rastreio desta neoplasia em nosso hospital, país e no restante do mundo. A partir dos dados obtidos em nosso estudo, podemos concluir que existe uma congruência entre porcentagem de pacientes jovens diagnosticados com câncer colorretal em nosso serviço comparativamente à epidemiologia brasileira e mundial. Além disso, o predomínio da incidência desses tumores no sexo masculino, conforme descrito na literatura, também foi constatado na nossa população. Quando considerada a lateralidade do sítio primário da doença, da mesma forma, obtivemos dados compatíveis com as estatísticas brasileiras e internacionais.