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Vol. 38. Issue S1.
Pages 108 (October 2018)
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Vol. 38. Issue S1.
Pages 108 (October 2018)
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PNEUMORETROPERITÔNEO APÓS DILATAÇÃO ANAL EM PACIENTE COM RCUI: UM RELATO DE CASO
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Thais Yoko Ferreira Koga, Anderson de A. Maciel, Angelo Rossi da S. Cecchini, Isaac J.F. Correa Neto, Hugo Henriques Watte, Alexander de Sa Rolim, Laercio Robles
Hospital Santa Marcelina, São Paulo, SP, Brasil
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Introdução: A retocolite ulcerativa (RCUI) é uma doença inflamatória que acomete mucosa e submucosa do cólon, entretanto em cerca de 10% dos pacientes podem evoluir com estenose intestinal.

Descrição do caso: Paciente feminino, 26 anos de idade, em seguimento com a equipe de coloproctologia devido retocolite ulcerativa desde 2015. Em uso de infliximabe e azatioprina, com história de afilamento das fezes, esforço evacuatório e cólica abdominal há 05 meses. Ao exame físico, presença de estenose retal que impedia a passagem de polpa digital, sem outros achados anormais. Optou‐se pela dilatação por balão pneumático através de colonoscopia com sucesso no procedimento e progressãodo aparelho até o íleo terminal, sendo verificado inúmeros pseudopólipos colorretais. Após cerca de 4 horas do procedimento, paciente com relato de dor abdominal tipo cólica em andar inferior associado à taquicardia e dor à descompressão brusca em hipogástrio. Exames complementares demonstravam leucocitose com desvio à esquerda e radiografia de tórax e abdome compatível com pneumorretroperitônio, corroborados por tomografia computadorizada de abdome e pelve. Realizado internação, expansão volêmica, antibioticoterapia, drenagem de loja pré‐sacral, jejum completo inicial e nutrição parenteral parcial após o segundo dia de internação. Houve boa evolução clinico‐laboratorial, com alta da paciente após 7 dias de hospitalização.

Discussão: A perfuração retal é um evento raro em quaisquer cenários, encontrando‐se apenas relatos de casos isolados à revisão narrativa da literatura médica. A evolução desses casos foi heterogênea, havendo descrição de boa resposta a tratamento clínico similar ao apresentado neste pôster, assim como pacientes que evoluíram para óbito após manejo clínico intensivo e abordagem cirúrgica.

Conclusão: A dilatação de estenose retal pode cursar com complicações, como a perfuração, sendo seu manejo inicialmente clínico com drenagem do espaço pré sacral.

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Journal of Coloproctology

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