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Vol. 38. Issue S1.
Pages 146-147 (October 2018)
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Vol. 38. Issue S1.
Pages 146-147 (October 2018)
TL61
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PRESENÇA DE NEOPLASIA INTRAEPITELIAL ANAL EM PACIENTES COM FATORES DE RISCO PARA CONTAMINAÇÃO POR HPV ANAL
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Valesca de Souza Ueoka Sobreira, Hélio Moreira Júnior, José Paulo Teixeira Moreira, Ayr Nasser Júnior, Marcos Antônio de Souza Júnior, Malú Aeloany Dantas Sarmento, Marcos Tavares de Oliveira Júnior, Pedro Ivo Calegari
Hospital das Clínicas (HC), Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, GO, Brasil
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Objetivo: Esse estudo tem como objetivo principal estratificar a citologia anal como exame importante na prevenção de neoplasias de canal anal.

Método: Foi desenvolvido um trabalho observacional, transversal. Incluindo pacientes que realizam sexo anal receptivo em ambos os sexos, soropositividade para o HIV, imunossupressão e mulheres com HPV vaginal. Esses pacientes foram submetidos a coleta de citologia anal com escova e introdução da mesma por 4cm em direção ao reto e rotação de 360 graus. A amostra foi encaminhada em lâmina (fixada com álcool) para avaliação em eosina‐hematoxicilina.

Resultados: Foram selecionados 21 pacientes, do total de pacientes, 33.33% eram do sexo feminino e 66.66% do sexo masculino. A média de idade foi de 34.42 anos e ao serem questionados por sintomas perianais e anais, estes apresentaram: 19.01% dor; 23.80% sangramento anal; 38.09% prurido e 57.14% sem queixas. Um questionário pré‐estabelecido foi aplicado, questionados sobre a prática de sexo anal, uso de camisinha no ato sexual e histórico de outras doenças sexualmente transmissíveis fora ao HPV: 33.33% não praticavam sexo anal receptivo e 66.66% praticavam; 71.42% não utilizavam a camisinha e 28.57% utilizavam; 4.76% já tiveram hepatite C, 19.04% sífilis e 28,57% foram diagnosticados com HIV. A média de parceiros sexuais durante a vida foi de 16.57 parceiros/paciente e 15 (71.42%) já haviam sido diagnosticados previamente com HPV. Dentre os que já tiveram HPV: 46.66% trataram com ácido tricloroacético (ATA) 90%, 40.00% realizaram eletrocauterização, 6.66% utilizaram Podofilina 20% e 6.66% não realizaram tratamento. Foi realizado exame físico em todos os pacientes e 11 pacientes apresentaram condiloma à inspeção anal. A citologia anal coletada foi encaminhada para avaliação da patologia e das 21 amostras: 6 apresentavam neoplasia intraepitelial anal de baixo grau; 11 exames sem alterações consideráveis; nenhum exame com neoplasia intraepitelial de alto grau e 4 amostras não foram analisadas por desistência do paciente em continuar com o estudo.

Conclusão: O resultado da citologia anal aplicado nesses pacientes com fatores de risco apresentou 35.29% de positividade para neoplasia intraepitelial anal, um resultado bastante expressivo para uma amostra pequena. Apesar da incidência de carcinoma espinocelular de canal anal e ânus ser baixo (2 casos / 100.000 pessoas), esses métodos preventivos diminuirão o ônus de um tratamento oncológico e aumentarão a expectativa de vida.

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Journal of Coloproctology

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