Objetivo: Identificar a prevalência de achados colonoscópicos em um serviço filantrópico no município de Colatina (ES).
Método: Estudo como transversal. O trabalho de campo foi desenvolvido por estudantes e professores do curso de medicina, previamente qualificados, que colheram dados de pacientes submetidos à colonoscopia no hospital universitário de janeiro de 2015 a maio de 2017.
Resultados: Foram analisados 255 laudos. Dentre os examinados, 146 (57,2%) eram mulheres e a idade média foi de 57,25 anos (intervalo de 21 a 86). A principal indicação foi rastreamento de câncer de colorretal em paciente assintomático (33,3%), seguido de acompanhamento de doença coloproctológica previamente diagnosticada (14,1%), alteração do hábito intestinal (14,1%), história de sangramento digestivo baixo (13,0%) e acompanhamento de paciente previamente submetido à cirurgia para câncer colorretal (11%). Quanto ao preparo, 74,9% foram considerados adequados, enquanto em 20,4% foi considerado regular, mas foi possível a feitura do exame. Em 86,2% dos exames o médico chegou ao íleo terminal. Em 156 (61,2%) foram encontradas alterações, em 27% dos casos observou‐se a presença de diverticulose colônica; em 38,4%, a presença de pólipos, seguido de 5,1% de pacientes portadores de colite e/ou proctite; e 2,3% apresentaram lesões sugestivas de câncer colorretal. Dentre os pólipos identificados, 24,5% localizavam‐se em cólon sigmoide e 21,4% em transverso, 63,5% foram classificados como Yamada II, 86,1% com até 1cm de extensão e 5,4% com mais do que 2cm.
Conclusão: O serviço do hospital universitário apresenta frequência de achados nos exames semelhantes à literatura especializada e contribui para a boa assistência médica na região.