Objetivo: Avaliar retrospectivamente a prevalência do prolapso retal em uma população e os procedimentos feitso como forma de tratamento dessa afecção.
Métodos: Os pacientes incluídos teriam diagnóstico de prolapso em pelo menos uma das consultas feitas no centro terciário entre janeiro/2011‐dezembro/2016. Foram identificados 119 casos. Após análise de prontuário, 19 foram excluídos.
Resultados: Dos 100 pacientes analisados, a média foi de 71,2 anos. Cirúrgicamente, 29 foram submetidos a cirurgia: 14 Altemeier, 10 Delorme, três hemorroidectomias, uma retopromontofixação, uma não especificada no prontuário. Não aceitaram tratamento cirúrgico 23 pacientes e 46 foram submetidos a ligadura elástica.
Conclusão: O prolapso retal acomete principalmente pacientes idosos, com comorbidades. Dessa forma, na maioria dos casos de prolapso retal parcial preconiza‐se o tratamento mais conservador. Nos doentes com procidência retal, indica‐se o tratamento cirúrgico. O prolapso pode apresentar recidiva, mesmo após o tratamento cirúrgico. O tratamento cirúrgico do prolapso retal visa a preservar os esfíncteres e a fisiologia, tentar não ser invasivo e manter as funções do reto. Dessa forma, a técnica a ser escolhida para o tratamento de determinado paciente está diretamente relacionada com seu quadro clínico e suas condições clínicas. O cirurgião deve, portanto, adequar‐se a cada caso na tentativa de promover o melhor resultado final para o paciente.