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Vol. 37. Issue S1.
Pages 102-103 (October 2017)
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Vol. 37. Issue S1.
Pages 102-103 (October 2017)
P‐068
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PSEUDOCISTO ESPLÊNICO GIGANTE ASSOCIADO A ADENOCARCINOMA DE CÓLON DIREITO: RELATO DE CASO
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Diego Palmeira Rangel, Isaac José Felippe Corrêa Neto, Alexander de Sá Rolim, Ângelo Rossi da Silva Cecchini, Anderson de Almeida Maciel, Rogério Freitas Lino de Souza, Laercio Robles
Hospital Santa Marcelina, São Paulo, SP, Brasil
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Introdução: Cistos esplênicos são geralmente assintomáticos, ocorrem na segunda e terceira décadas de vida, são diagnosticados incidentalmente e apresentam prognóstico favorável. Os grandes cistos do baço (maiores do que 8cm) podem causar sintomas por compressão de estruturas vizinhas e os pseudocistos são comumente secundários ao trauma, à infecção ou ao infarto. O objetivo do trabalho consiste em relatar um caso de pseudocisto esplênico gigante associado a adenocarcinoma de cólon direito.

Descrição do caso: Masculino, 40 anos, hipertenso. Apresentou quadro de dor abdominal tipo cólica em hipogástrio, astenia e dejeções diarreicas, duas vezes ao dia, com sangramento intermitente havia oito meses. Negou história de trauma prévio. Ao exame físico abdominal identificou‐se uma massa palpável em flanco direito de 7cm, móvel, endurecida, não dolorosa, e esplenomegalia palpável a 13cm do rebordo costal esquerdo. O nível de hemoglobina na investigação foi de 2,8g/dL. Fez endoscopia digestiva alta, que não demonstrou anormalidades, e colonoscopia que evidenciou lesão infiltrante e estenosante em ângulo hepático do cólon. A imuno‐histopatologia identificou adenocarcinoma moderadamente diferenciado e invasivo sem instabilidade de microsatélite. O antígeno carcinoembrionário foi de 38 ng/dL. Os exames de estadiamento revelaram espessamento de cólon direito e volumosa formação cística de 30cm de diâmetro no baço com paredes calcificadas e conteúdo hipotensão. Após compensação clínica e vacinação contra germes encapsulados, foi submetido a laparotomia exploradora com hemicolectomia direita e enterectomia com anastomose primária e esplenectomia. Obteve boa evolução e alta hospitalar no sétimo dia de pós‐operatório. O estudo histopatológico demonstrou adenocarcinoma moderadamente diferenciado do cólon, com infiltração até serosa de delgado, margens livres e dois linfonodos acometidos de 27 ressecados, T4N1M0. A esplenectomia revelou pseudocisto com calcificação distrófica e ausência de neoplasia.

Conclusão: Pseudocisto esplênico é uma entidade benigna que pode ser ressecada ou não simultaneamente a outras lesões em caráter eletivo.

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Journal of Coloproctology
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