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Vol. 38. Issue S1.
Pages 152-153 (October 2018)
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Vol. 38. Issue S1.
Pages 152-153 (October 2018)
TL74
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QUAL A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO MANOMÉTRICA DOS PACIENTES PORTADORES DE FISSURA ANAL CRÔNICA? AVALIAÇÃO DE UM HOSPITAL PÚBLICO TERCIÁRIO EM SALVADOR‐BA
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Tássia Mendes Franco, Carlos Ramon Silveira Mendes, Andre Luiz Santos, Fernanda França Mendonça de Matos, Antonio Carlos Moreira de Carvalho, Liane Vanessa Zachariades Santos Góes, Jamille Eller Andrade Bastista, Henrique Moura Parreira
Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), Salvador, BA, Brasil
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Introdução: A fissura anal é uma lesão benigna, cujo principal sintoma é a dor anal associado a sangramento anal que se exacerba durante o ato evacuatório e está associada à hipertonia do esfíncter interno do ânus e à redução do fluxo sanguíneo da mucosa. Estudos utilizando manometria anorretal indicam que a presença de hipertonia permanente de repouso é o fator que distingue os pacientes se patologia aguda de crônica, sendo a esfincterotomia lateral o procedimento cirúrgico mais indicado para essa situação clínica.

Objetivo: Avaliar os dados epidemiológicos e manométricos dos pacientes com diagnóstico de fissura anal em pacientes atendidos em um serviço público em Salvador‐BA.

Métodos: Avaliados prontuários de pacientes que tiveram fissura anal como queixa principal para realizarem a manometria anorretal, entre Abril/2015 e Abril/2018.

Resultados: Foram realizadas 33 manometrias para avaliação de fissura anal crônica, sendo analisados 18 casos: 11 pacientes do sexo masculino (61%) e 7 do sexo feminino (39%), com média de 45,8anos de idade. A análise dos resultados manométricos revelou de 77,7% apresentaram aumento da pressão de repouso máxima‐PRM, (14 pacientes) e 16,6% exibiam valores normais. Um paciente apresentou PRM diminuída, assim como redução na pressão de contração, porém este tinha historia de 2 cirurgias orificiais prévias que podem ter íntima relação com tais achados. A pressão de contração máxima esteve elevada em 55,5% dos casos (10 pacientes). O Canal funcional variou de 1 a 4cm, sendo o comprimento de dois centímetros o mais prevalente (7 pacientes). Sensibilidade e capacidade retal estavam preservadas em 78% e 94% dos pacientes analisados, respectivamente. Apenas cinco pacientes apresentavam sinais manométricos sugestivos de anismus (28%) e em 1 paciente não foi possível análise da pressão de expulsão. Observado ainda que 5 pacientes realizaram exame por queixa de constipação, sendo identificado ao exame físico hipertonia em todos eles. Adicionalmente, o reflexo inibitório retoanal estava presente em 17 dos 18 pacientes.

Conclusão: Os resultados corroboram com a literatura, sobre o papel principal da hipertonia do esfíncter interno e também da hipercontratilidade do esfíncter externo na fissura anal crônica, sendo a manometria anorretal um exame importante para avaliação dos esfíncteres. Além dissoo, individualizar o tratamento a ser proposto de acordo com os parâmetros clínicos é peça fundamental na otimização dos resultados finais.

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Journal of Coloproctology

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