Introdução: A apendicite aguda é a doença inflamatória abdominal cirúrgica de maior frequência. O diagnóstico é essencialmente clínico. A apendicectomia, seja por via laparotômica ou laparoscópica, é o tratamento de eleição. As complicações pós‐operatórias mais comuns da apendicectomia estão relacionadas com o grau de inflamação apendicular. É classificada em fases macroscópicas de 1 a 4 de acordo com o grau de evolução fisiopatológico.
Objetivo: Verificar se existe correlação entre a fase da apendicite no momento operatório e sua complicação pós‐operatória.
Métodos: Foi realizada coleta de dados de informações, com base em formulário personalizado, de pacientes diagnosticados com apendicite e operados via laparotômica no período de julho a dezembro de 2017 no Hospital Regional de Mato Grosso do SUL ‐ HRMS. Os pacientes foram acompanhados no período pós‐operatório intra‐hospitalar até a data da primeira consulta ambulatorial para verificação de complicações neste período. Foi incluída como complicação pós‐operatória deste estudo: seroma, infecção de ferida operatória (ISC), deiscência de sutura, evisceração, eventração, e abscesso intra cavitário.
Resultados: Obteve‐se como N total deste estudo 122 pacientes. Houve predominância do sexo masculino, com incidência de 61%. Houve significância estatística, com o p‐value<0,05 para a associação entre quanto maior a fase da apendicite maior a incidência de complicações.
Conclusão: Apesar da apendicite aguda se tratar de doença com tratamento cirúrgico considerado simples, foi encontrado neste estudo índice de complicações alto, 21% dos pacientes operados, sendo associado a maior achado na fase quatro.