Introdução: Tumores primários da região retrorretal são raros – um para 40.000 –, apresentam sintomatologia frustra e em sua maioria são benignos.
Objetivo: Relatar um caso clínico de uma paciente jovem e assintomática com tumor retrorretal e fazer uma breve revisão bibliográfica sobre o tema.
Descrição do caso: Paciente B.C.P., 24 anos, assintomática, apresentava tumoração em reto baixo descoberto em rotina ginecológica havia cinco meses. Foi feita ressonância magnética (RNM) que auxiliou no diagnóstico e na programação cirúrgica. O diagnóstico definitivo foi, após a cirurgia, possibilitado pelo anatomopatológico, em que foi evidenciado cisto teratoide com reação histiocitária importante e ausência de neoplasia no material.
Discussão: No espaço retrorretal pode haver lesões inflamatórias, congênitas, neurogênicas e outras. Os tumores retrorretais mais comuns são os congênitos, correspondem a dois terços de todos os tumores no espaço pré‐sacral e podem ser benignos ou malignos. Dentre os tumores congênitos destaca‐se a prevalência dos tumores císticos, que são benignos. Dentre os malignos, os mais comuns são os cordomas. Os sintomas geralmente são frustros e vagos. A tomografia computadorizada, assim como a RNM, é o exame diagnóstico, em detrimento da biópsia, que não deve ser feita, à exceção de pacientes que não são candidatos a cirurgia e poderiam fazer quimioterapia ou radioterapia paliativas. Todos os tumores retrorretais devem ser ressecados quando possível, ainda que assintomáticos.
Conclusão: A paciente do caso era assintomática ao diagnóstico, feito devido a exames de rotina ginecológica e com auxílio de RNM. O cisto teratoide tem como tratamento indicado a ressecção cirúrgica.