Introdução: Tumores com predomínio de células fusiformes representam 50% dos tumores de partes moles. Dentre os grupos devem se distinguir de tumores de comportamento clínico benigno, maligno e de comportamento indeterminado.
Objetivo: Descrever caso de neoplasia fusocelular em glúteo com retalho em V‐Y.
Método: Paciente feminino, 26 anos, com massa em região glútea havia cinco anos acompanhada de dor intensa. Evacuações diárias, fezes macias, sem esforço, sangramento ou muco. Negava perda ponderal. RNM lesão expansiva, com sinal heterogêneo e predominantemente baixo com supressão da gordura, com realce intenso e não homogêneo pelo meio de contraste, de limites parcialmente definidos, de contornos lobulados, media 112 x 83 x 83mm com seu epicentro no nível do tecido celular subcutâneo da região glútea à direita, com extensão anterior à fossa isquioanal, envolvia esfícter anal externo em seu aspecto posterior, sugestivo de lesão estromal ou fibrótica, sem linfononomegalias pélvicas, gordura periretal com sinal preservado. Ao exame proctológico sem sangramento em dedo de luva, enduramento na parede lateral direita. Retoscopia mucosa íntegra sem abaulamentos até 18cm da BA. Submetida a exérese da lesão com reconstrução com retalho em V‐Y. Histopatológico: neoplasia de células fusiformes configurava lesão de 13 x 11 x 10cm, que infiltrava tecido fibromuscular e adiposo.
Conclusão: A origem de todos os tumores de células fusiformes é uma célula mesenquimal que pode evoluir para uma série de tipos citológicos diferentes. É por isso mesmo que o tumor pode partilhar características com um certo tipo de célula, não quer dizer que veio dessa célula. Mesmo essa é uma distinção difícil, porque na maioria dos casos o tumor infiltra localmente, mas não é considerado maligno. Também não é considerado benigno porque tumores benignos não proliferam. De qualquer formam a ressecção é a primeira proposta terapêutica, tratamentos adjuvantes são dependentes da definição histopatológica e imuno‐histoquímica.