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Vol. 37. Issue S1.
Pages 157 (October 2017)
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Vol. 37. Issue S1.
Pages 157 (October 2017)
P‐195
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RELATO DE CASO DE PACIENTE COM SINTOMAS DE DENGUE E ÍLEO PARALÍTICO QUE COMPLICAM PÓS‐OPERATÓRIO DE COLECTOMIA POR NEOPLASIA COLORRETAL
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Erico de Carvalho Holandaa, Alexandre Medeiros do Carmob, Roberto Sérgio de Andrade Filhob, Lia Barroso Simonetti Gomesb, Juliana Bezerra Fariasb, Rafaella Alcântara Alves Melob
a Centro Universitário Christus (Unichristus), Fortaleza, CE, Brasil
b Santa Casa da Misericórdia de Fortaleza, Fortaleza, CE, Brasil
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Introdução: Íleo paralítico pós‐operatório (PO) consiste em uma alteração transitória da motilidade intestinal que ocorre principalmente em cirurgias abdominais, decorrente de mecanismos neurogênicos e inflamatórios. Tal fato pode complicar a evolução do paciente, aumentar a permanência hospitalar e, consequentemente, sua morbimortalidade. A dengue, uma doença endêmica no Brasil, tem complicações que, associadas ao PO, interferem no quadro do paciente. Este estudo se propõe a relatar um caso de um paciente com dengue no pós‐operatório de cirurgia colorretal complicado com íleo paralítico.

Descrição do caso: Masculino, 56 anos, diagnosticado com pólipo séssil malignizado em flexura hepática, foi ressecado por colonoscopia, posteriormente indicada colectomia com a finalidade de fazer linfadenectomia complementar. O paciente foi submetido à colectomia esquerda estendida por laparoscopia, com anastomose com duplo grampeamento mecânico, sem intercorrências. No quinto dia de pós‐operatório evoluiu com leve distensão abdominal, sem dor à palpação profunda, febre, astenia, mialgia e exantema. Exames laboratoriais com leucocitose discreta com desvio à esquerda. Tratado clinicamente, evoluiu com quadro arrastado. No inquérito epidemiológico foi referida viagem recente para local endêmico de dengue, foi colhida sorologia que se mostrou positiva. No sétimo PO apresentou melhoria do estado geral, com alta hospitalar.

Discussão: O íleo paralítico pós‐operatório é uma desordem fisiológica que ocorre devido à agressão cirúrgica, tende à normalização por volta de 72 horas. Tal acometimento tem importância clínica caso se prolongue por mais de teês a cinco dias, se associe com outras patologias ou se o paciente apresentar distensão abdominal, náuseas e vômitos. O quadro de dengue associado apresentou os sintomas no pós‐operatório e o risco de ter sido confundido com uma complicação cirúrgica.

Conclusão: Foi importante a investigação epidemiológica no diagnóstico da patologia, além da avaliação sorológica para sua confirmação, possibilitou o tratamento adequado para evitar complicações graves da doença e tratamentos invasivos desnecessários.

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Journal of Coloproctology
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