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Vol. 38. Issue S1.
Pages 20 (October 2018)
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Vol. 38. Issue S1.
Pages 20 (October 2018)
P128
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RELATO DE CASO: DISTÚRBIO DE ASSOALHO PÉLVICO COM FÍSTULA RETOVAGINAL E TRATAMENTO MULTIDISCIPLINAR
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Iara Moscon, Juliete Borel de Oliveira Silva Aguiar, Ana Fernanda Ribeiro Rangel, Giovanni José Zucoloto Loureiro, Talitha Maria Martins Fosse, Eveline Cristina da Silva, Fábio Christiano Ramos Alves Junior
Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes (HUCAM), Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Vitória, ES, Brasil
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Introdução: O prolapso uterino total incide principalmente em mulheres idosas e multíparas. Aproximadamente um quinto de todas as histerectomias realizadas, são devidas ao prolapso. Entretanto,o prolapso uterino total associado a fístula retovaginal e retocele é raro.

Descrição do caso: Paciente, sexo feminino, 66 anos, hipertensa, negava cirurgias prévias, G2PN2A0, menopausa aos 55 anos, Sem história familiar relacionada. Procurou o serviço de cirurgia de um hospital universitário do Espírito Santo com queixa de massa em região de vulva associada à hérnia inguinal esquerda. Ao exame, presença de hérnia inguinal à esquerda irredutível, sem sinais de encarceramento no momento, presença de incontinência fecal, com perda de fezes em pequena quantidade, presença de prolapso uterino total e divertículos colônicos, sem complicações. Apresentava fístula com saída de fezes pela região do períneo. Na colonoscopia não foi possível identificar luz do reto. Paciente foi submetida a transversotomia à direita (colostomia) em alça de proteção em fevereiro de 2018 e posteriormente, foi submetida a histerectomia via vaginal, correção cirúrgica da retocele, da cistocele e fístula retovaginal, sem intercorrências. A peça foi enviada à patologia para análise. Paciente evoluiu bem no pós‐operatório e recebeu alta hospitalar com acompanhamento no ambulatório.

Discussão: O prolapso uterino total associado a retocele e fístula retovaginal é um caso muito raro e não foram encontrados casos semelhantes na literatura.A fístula retovaginal causa sintomas significativos e angustiantes nos pacientes, tais como a vaginite, passagem de fezes e flatos para a vagina e escoriação dolorosa, sendo seu tratamento muitas vezes desafiador.O prolapso de órgãos pélvicos trata‐se de herniação dos órgãos pélvicos através da vagina e, geralmente, afeta o cotidiano, sexualidade e atividade física das mulheres pós‐menopausa. Foi necessário tratamento cirúrgico multidisciplinar a fim de resolução do quadro.

Conclusão: Devido à complexidade do caso, houve necessidade de abordagem conjunta da equipe de cirurgia ginecológica e coloproctológica.

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Journal of Coloproctology
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