Introdução: Incontinência fecal é definida como passagem involuntária ou incapacidade de controlar a perda de material fecal através do ânus. Tem grande impacto na qualidade de vida, principalmente de mulheres e idosas. O tratamento com neuroestimulação sacral tem indicação na incontinência fecal quando houve falha com o uso de tratamento clínico, toxina butolínica, biofeedback ou esfincteroplastia. A neuroestimulação pode melhorar a continência através da melhora das pressões de relaxamento e contração do esfíncter anal, sensibilidade retal, e aumentando as ondas de propulsão retrógrada do cólon. A ação na constipação, embora seja menos estabelecida, pode ser considerada em pacientes que falharam na resposta aos tratamentos conservadores.
Objetivo: Relatar a experiência tida com onze casos de terapia com neuroestimulação sacral refratários a outros tipos de tratamento.
Métodos: Estudo transversal baseado em coleta de dados em prontuário eletrônico dos pacientes estudados. Os sujeitos do estudo foram nove pacientes com incontinência fecal e dois com constipação funcional. Critérios de inclusão: Pacientes de qualquer idade selecionados para terapia com neuroestimulação sacral que falharam na terapia com outros métodos. Critérios de exclusão: Pacientes que não se enquadram no critério de inclusão, não sendo selecionados para terapia com neuroestimulação sacral.
Resultados: Foram obtidos resultados positivos comparados com os anteriores à terapia de estimulação neurossacral. Foi utilizada para comparação dos pacientes incontinentes, a escala de Wexner.
Conclusão: Conclui‐se que a neuroestimulação sacral apresenta bons resultados a curto e longo prazo quando respeitadas as indicações para incontinência e constipação.