Área: Doenças malignas e pré‐malignas dos cólons, reto e ânus
Categoria: Estudo clínico não randomizado
Forma de Apresentação: Tema Livre (apresentação oral)
Objetivo(s): Descrever os resultados da dissecção linfonodal lateral da pelve seletiva no adenocarcinoma de reto localmente avançado.
Método: Estudo descritivo retrospectivo de pacientes submetidos a dissecção linfonodal lateral da pelve em um centro de referência no Brasil do período de abril de 2017 a abril de 2019.
Resultados: 72pacientes com adenocarcinoma de reto extraperitoneal foram submetidos a tratamento cirúrgico, dos quais 9 (12,5%) apresentavam linfonodos suspeitos em cadeias pélvicas laterais à ressonância magnética anteriormente à terapia neoadjuvante, sendo 4 (44,5%) pacientes com linfonodos bilaterais e 5 (55,5%) unilaterais. As cirurgias mais frequentemente realizadas foram a ressecção anterior do reto (n=4; 44,5%) e a amputação abdominoperineal do reto (n=4; 44,5%) e um paciente foi submetido a exenteração pélvica total (n=1; 11%). A maioria dos procedimentos foi realizada por via laparotômica (n=6; 66,7%), sendo os demais por via videolaparoscópica (n=3; 33,3%), sem diferença quanto ao tempo operatório (291min vs 320min; p=0,91). A média dos linfonodos ressecados foi de 4,7 (1 – 9), sendo que 30,7% das linfadenectomias resultaram em linfonodos metastáticos (4 linfonodos positivos em 13 linfadenectomias). Em um procedimento houve laceração da veia ilíaca interna direita, prontamente suturada, porém não houve complicações pós‐operatórias decorrentes da dissecção linfonodal lateral.
Conclusão(ões): Aproximadamente um terço dos casos de linfonodos suspeitos à ressonância magnética na cadeia lateral anteriormente à terapia neoadjuvante apresenta acometimento metastáticos apesar da radio e quimioterapia. A linfadenectomia pélvica lateral seletiva pode reduzir de taxas de recorrência pélvica lateral.