Área: Doenças malignas e pré‐malignas dos cólons, reto e ânus
Categoria: Pesquisa básica
Forma de Apresentação: Tema Livre (apresentação oral)
Objetivo(s): Este estudo teve como objetivo avaliar a qualidade de vida relacionada aos sintomas da síndrome de ressecção anterior baixa (LARS) do reto em pacientes operados pelo serviço de Coloproctologia do Hospital das Clínicas de Fortaleza.
Método: Selecionados pacientes pós‐neoadjuvância que foram submetidos a retossigmoidectomia por tumor de reto entre abril/2017 a maio/2019. Os resultados foram medidos a partir do questionário de síndrome de ressecção anterior baixa (LARS), incluindo uma questão subjetiva avaliando o impacto da função intestinal na qualidade de vida desses pacientes.
Resultados: Dos 9 pacientes avaliados, sete (77,8%) eram do sexo feminino. A idade média da amostra foi de 61,44 (+/‐13,86) anos. O escore médio de LARS foi de 22,22. De acordo com a classificação de LARS, três indivíduos (33,3%) não apresentaram sintomas de LARS e 6 (66,7%) apresentaram LARS maior. Três (33,3%) pacientes negaram impacto na qualidade de vida, três referiram baixo impacto e três referiram alto impacto na qualidade de vida. Apesar dessa avaliação inicial, 8 pacientes relataram melhor qualidade de vida após fechamento da ileostomia protetora, independentemente dos sintomas de LARS. Houve uma diferença significativa quando se comparou o escore médio entre os pacientes sem impacto na qualidade de vida e os demais (0,67±1,15; 33±9,33; p<0,024).
Conclusão(ões): Existe uma tendência de que os pacientes com LARS maior tenham algum impacto na qualidade de vida. Por isso, uma avaliação funcional e uma identificação precoce desses pacientes, deve ser feita sistematicamente no seguimento pós‐operatório, possibilitando um melhor manejo com o objetivo de minimizar o impacto na qualidade de vida dos pacientes.