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Vol. 37. Issue S1.
Pages 122-123 (October 2017)
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Vol. 37. Issue S1.
Pages 122-123 (October 2017)
P‐114
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SUBOCLUSÃO INTERMITENTE PÓS‐TRAUMA ABDOMINAL FECHADO OU DOENÇA DE CROHN OPORTUNISTA?
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Tarcianna Ribeiro Santos, Luciana Martins Krohling, Paulo Cesar Castro Junior, Maruska Dib Lamut, Andre da Luz Moreira, Luiz Fernando Pedrosa Fraga, Francisco Lopes Paulo
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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Introdução: Obstrução intestinal é uma causa frequente de abdômen agudo em adultos, de etiologia variável, pode ter como causas mecânicas: o trauma e a doença inflamatória intestinal (DII). A avaliação clínica é determinante na propedêutica, leva em consideração que casos complicados podem seguir com conduta cirúrgica emergencial. Nos demais, suboclusivos poderão ser mais bem investigados.

Descrição do caso: Paciente L.F.S.,feminino, 36 anos, sofreu trauma abdominal fechado após acidente de carro, evoluiu com dor em abdômen e hematomas nos flancos e hipogástrio, foi feito tratamento conservador. Algumas semanas após alta médica, iniciou quadro intermitente de distensão abdominal, dor em cólica pós‐prandial, associado a meteorismo intestinal, diarreia com muco e emagrecimento de 24kg em cinco meses. Durante investigação, a colonoscopia não trouxe alterações significativas, no entanto a tomografia mostrou área sugestiva de estenose em íleo terminal, foi confirmada em enterotomografia. A paciente foi submetida a ileotiflectomia com anastomose íleo‐cólica manual. Características macroscópicas sugestivas para doença de Crohn puderam ser avaliadas (estenose, alças intestinais espessadas, comprometimento gorduroso extenso etc). O histopatológico foi inespecífico para doença inflamatória intestinal, ausência de granuloma, porém descreveu ileíte crônica. No pós‐operatório, apresentou resolução do quadro de suboclusão intestinal, porém tardiamente iniciou episódios de diarreia com mucorreia e perda de peso. Prossegue em investigação com a gastroenterologia, não foi descartada ainda a possibilidade de DII.

Discussão: Evolutivamente tem ocorrio melhoria no padrão diagnóstico para obstrução intestinal não complicada. O estresse, entretanto, em suas diversas formas, tanto por eventos físicos ou psicológicos, desempenha um papel importante nas doenças gastrointestinais e, em particular, na DII, pode ser o gatilho inicial para expressão dos sintomas. Se levarmos em conta que a DII se comporta como uma doença sistêmica multifatorial que envolve fatores imunológicos, genéticos e ambientais, ela dificulta o diagnóstico ou a exclusão diagnóstica.

Conclusão: A abordagem multidisciplinar é imprescindível na investigação e no tratamento das doenças com acometimento gastrointestinal.

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Journal of Coloproctology

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