Introdução: O carcinoma colorretal é um dos cânceres mais comuns e vários desSes tumores localmente avançados precisam de ressecção em bloco, pois comprometem outros órgãos, como o ureter. O tratamento de lesões ureterais acima dos vasos ilíacos tem alta complexidade e representa um desafio para o cirurgião. A adoção desSa técnica no lado direito é útil por razões anatômicas, porém o uso no lado esquerdo é mais desafiador.
Descrição do caso: Paciente do sexo masculino com 69 anos, com um tumor em transição retossigmoide que ocupava 90% do lúmen do cólon. O paciente foi submetido a uma restossigmoidectomia laparoscópica em bloco do tumor que envolveu o ureter acima dos vasos ilíacos e a parede esquerda da bexiga. Feita a anastomose primária do cólon com grampeador circular. Em seguida o trato urinário foi reconstruído com transposição do apêndice cecal como substituto do segmento distal do ureter esquerdo e reimplante na bexiga.
Discussão: O uso do apêndice cecal como substituto na reconstrução do ureter permite uma anastomose segura e sem tensão e preserva a vascularização ureteral. A abordagem laparoscópica é viável nesses casos. O câncer de cólon é uma patologia frequente e tem poucas publicações sobre a abordagem de lesões de ureter complexas com interposição de apêndice cecal de cirurgia minimamente invasiva na literatura. O tratamento cirúrgico de lesões de ureter complexas representa um grande desafio para o urologista, especialmente o ureter esquerdo. O uso do apêndice cecal como substituto na reconstrução do ureter permite uma anastomose segura e sem tensão e preserva a vascularização ureteral. A laparoscopia torna‐se a opção menos invasiva e segura, comparável à cirurgia aberta, deve ser considerada uma opção minimamente invasiva para reconstrução ureteral.
Conclusão: O uso laparoscópico do apêndice cecal na reconstrução do ureter esquerdo é uma opção possível e um acompanhamento com pacientes adicionais é necessário para validar a eficácia dessa abordagem.