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Vol. 37. Issue S1.
Pages 76 (October 2017)
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Vol. 37. Issue S1.
Pages 76 (October 2017)
P‐008
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TÉCNICA DE REPARO COM TELA EM HÉRNIA PERINEAL PÓS‐AMPUTAÇÃO ABDOMINOPERINEAL DE RETO (MILES)
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Priscilla Martins, Dalton Muniz, Leolindo Tavares, Felipe Figueiredo, Bruno Duarte, Livia Pinto, Lucius Clemente
Hospital Central da Aeronáutica (HCA), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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Introdução: A cirurgia de amputação abdominoperineal do reto é indicada para ressecção de tumores baixos de reto a critério do cirurgião. Está indicada, nesses casos, neoadjuvância com quimio e radioterapia. Além de todo tratamento e radicalidade na abordagem dessa patologia, o paciente pode ainda ter de lidar com a complicação de uma hérnia perineal. A incidência, segundo a literatura, é de 0,6 a 7% e a maior dificuldade apresentada é a falta de consenso sobre a técnica de abordagem frente a uma taxa de recidiva de 37%. São considerados fatos de influência, na ocorrência e recidiva, o fato de esses pacientes serem oncológicos, com defeito em uma área agredida por radioterapia, após uma excisão radical do mesorreto e grande dano tecidual.

Objetivo: Apresentar um caso de hernioplastia perineal evoluído um ano pós‐amputação abdominoperineal de reto, gerou dor, restrição de atividades diárias e desconforto abdominal recorrente. Descrever técnica cirúrgica usada e resultados imediatos.

Método: Sob raquianestesia, paciente em posição de canivete, incisão transperineal longitudinal, identificação do saco herniário, abertura dele e redução do intestino delgado. Feita coccigectomia; uso de tela dupla face separadora de tecidos absorvível (Procced®) com fixação em quatro pontos cardinais, posteriormente, sacro; anteriormente, púbis; laterais direita e esquerda nas tuberosidade isquiopúbicas com fio inabsorvível de prolene 0. Fechamento por planos com aproximação de tecido muscular remanescente do assoalho pélvico e subcutâneo. Drenagem com dreno aspirativo da loja subcutânea e síntese da pele.

Resultados: Cirurgia feita há cerca de três meses do presente trabalho, sem recidiva até o momento, melhoria significativa na qualidade de vida do paciente.

Conclusão: O incentivo a descrição de técnicas cirúrgicas usadas gera a melhor orientação de novos cirurgiões para abordagem de casos complexos e de difícil tratamento, diante do risco de recidiva em pacientes complexos e psicologicamente vulneráveis.

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Journal of Coloproctology

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