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Vol. 38. Issue S1.
Pages 162-163 (October 2018)
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TL95 CORREÇÃO DE RETOCELE COM MACROLIGADURA ELÁSTICA
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Andressa Marmiroli Garisto, Antonio Jose Tiburcio Alves Junior, Luciane Hiane de Oliveira, Jose Alfredo Reis Junior, Sergio Oliva Banci, Joaquim Simões Neto, Jose Alfredo Reis Neto
Clínica Reis Neto, Campinas, SP, Brasil
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Introdução: A síndrome da evacuação obstruída é definida como uma contração paradoxal ou relaxamento inapropriado da musculatura do assoalho pélvico durante o ato defecatório, podendo causar danos ao septo retovaginal que, associados à fraqueza das fáscias musculares que constituem o assoalho pélvico, propiciam ao prolapso de órgão pélvico, incluindo a retocele. Quando não há resposta aotratamento clínico com mudança de hábitos alimentares e comportamentais, biofeedback, administração de toxina botulínica e terapias alternativas, indica‐se o tratamento cirúrgico para retocele. A fibrose promovida pela macroligadura, amplamente conhecida pelo seu uso no tratamento da doença hemorroidária, leva a necrose da mucosa prolapsada e ao reforço da parede anterior do reto, sendo uma nova opção terapêutica para a retocele.

Objetivo: O objetivo desse estudo prospectivo é avaliar a resposta ao tratamento de retocele com macroligadura elástica.

Métodos: Quinze pacientes foram submetidas à macroligadura elástica para correção de retocele a nível ambulatorial, com sedação e anestesia local. Realiza‐se macroligaduras consecutivas na parede anterior do reto através da aspiração da mucosa retal anterior redundante com aparelho de sucção e posterior aplicação de anéis de borracha. Em 10 a 14 dias a ligadura se desprende por necrose, retificando a parede anterior do reto e proporcionando fibrose de tecido local, com consequente reforço do septo retovaginal.

Resultados: Dentre as 15 pacientes avaliadas, como principais complicações pós‐ peratórias observou‐se dor em 4 pacientes (26,6%), tenesmo em 8 (53,3%) e sangramento anal autolimitado em 6(40%). Até o momento, após seguimento de 18 meses, pode‐se observar melhora no ato evacuatório e ausência de recidiva ao exame físico.

Conclusão: O uso da macroligadura elástica não requer internação hospitalar, apresenta menor índice de complicações pós‐operatórias, permite o retorno precoce às atividades diárias e tem índice de satisfação significativo entre as pacientes. No entanto, a amostra submetida a essa técnica cirúrgica ainda é pequeno e o tempo de seguimento curto.

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Journal of Coloproctology
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