Introdução: As fístulas perianais se caracterizam como um pertuito anormal comunicante entre a porção terminal do intestino grosso e um orifício externo na pele. Infecções criptogandulares, frequentemente, podem evoluir na fase aguda com abscessos perirretais e, quando crônicas, fístulas perinanais. Afecção pouco corriqueira do trato gastrointestinal acometendo comumente adultos jovens com uma prevalência de 0,01% na população geral, duas vezes mais comum no sexo masculino.1 A manometria anorretal quantifica a função tônica e de contração do esfíncter anal, avalia o reflexo anorretal e a sensibilidade retal.2
Objetivo: Comparar o tônus do esfíncter anal no toque retal e na manometria anorretal, em pacientes portadores de fístula perianal, em pré‐operatório.
Métodos: Estudo retrospectivo, entre maio de 2015 e maio de 2017, com 28 portadores de fístula perianal, submetidos a toque retal e manometria anorretal.
Resultados: A idade média foi de 44,7 anos (desvio padrão 13,9). O sexo masculino correspondeu a 64,3%. Ao toque retal, 2 pacientes (7,1%) apresentaram hipertonia ao toque retal, já ao exame de manometria anorretal, 17 apresentaram hipertonia (60,7%), porém não houve significância estatística (p=0,23). Avaliando a hipotonia, 4 pacientes (14,2%) apresentaram ao toque retal, e 5 pacientes (17,9%) ao exame manométrico, também não apresentando significância estatística (p=0, 0,06).
Conclusão: A correlação entre os dados manométricos e os achados no toque retal em pacientes portadores de fístula são variáveis independentes.