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Vol. 37. Issue S1.
Pages 68 (October 2017)
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Vol. 37. Issue S1.
Pages 68 (October 2017)
V5‐46
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TRATAMENTO CIRÚRGICO DE INCONTINÊNCIA ANAL – RECONSTRUÇÃO TOTAL DO PERÍNEO ATRAVÉS DE ESFINCTEROPLASTIA ASSOCIADA A PERINEOPLASTIA
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Rodrigo Ambar Pinto, Thaís Villela Peterson, Cintia Mayumi Sakurai Kimura, Rafael Vaz Pandini, Aline Mendes Paiva, Sérgio Carlos Nahas, Ivan Ceconello
Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP, Brasil
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Introdução: Trauma obstétrico é uma importante e uma das mais frequentes causas de incontinência anal adquirida em mulheres, que interfere muito em sua qualidade de vida. A reconstrução perineal total apresenta bom resultado funcional e estético final.

Objetivo: Demonstrar uma reconstrução perineal total em um caso grave de incontinência anal adquirida após trauma obstétrico

Métodos: Paciente W.C.N.S., 36 anos, sexo feminino, com quadro de incontinência anal desde 2006, após lesão do esfíncter anal externo em parto vaginal com auxílio de fórceps e episiotomia (escore de incontinência de Cleveland Clinic Florida pré‐operatório de 17). Como antecedentes, apresentava DM tipo I, hipotireoidismo e vitiligo. Sem outras cirurgias prévias. USG endorretal pré‐operatório mostrava: músculo puborretal com espessura de 6,5mm, comprimento longitudinal de 9,3mm posterior e configuração normal como alça em U. Esfíncter interno do ânus com falha anterior no canal anal médio e superior completa, formava ângulo de 205°, com espessamento contralateral (espessura posterior de 3,5mm). Esfíncter externo do ânus com falha anterior completa 151° e corpo perineal ausente. A paciente foi submetida a esfincteroplastia e reconstrução do corpo perineal através de incisão transversa no períneo, seguida dissecção do espaço retovaginal, com identificação dos cabos do esfíncter externo do ânus. Feitas então a plicatura do esfíncter interno do ânus e a sobreposição dos cabos do esfíncter externo. No fechamento, feita a reconstrução perineal completa com aproximação do bulbo cavernoso e transverso do períneo.

Resultados: O procedimento transcorreu sem intercorrências. A paciente apresentou evacuação com continência satisfatória no quinto dia de pós‐operatório, quando recebeu alta hospitalar, sem infecção da ferida operatória.

Conclusão: A reconstrução perineal total na incontinência anal por trauma obstétrico apresentou bom resultado funcional e estético final para o caso em questão, com custo‐benefício excelente quando comparada com outros tratamentos cirúrgicos disponíveis.

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Journal of Coloproctology

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