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Vol. 38. Issue S1.
Pages 16-17 (October 2018)
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Vol. 38. Issue S1.
Pages 16-17 (October 2018)
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TRATAMENTO CIRÚRGICO DE PACIENTE COM DOENÇA DE CROHN ESTENOSANTE
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Mardem Machado de Souza, Nathália Leite Oliveira Zeitoun, Nathálya Gonçalves do Santos, Monique Silva Batista, Wilson José de Barros Júnior
Hospital Universitário Júlio Müller (HUJM), Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), Cuiabá, MT, Brasil
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Introdução: A Doença de Crohn caracteriza‐se por um processo inflamatório transmural e granulomatoso não caseificante, que atinge todo o tubo digestivo com lesões descontínuas. Pode apresentar complicações como perfuração, sangramentos, megacolon tóxico, estenoses, fístulas.

Relato de caso:C.B.G., masculino, 33 anos, deu entrada no hospital com queixa de dor abdominal em região hipogástrica, em cólica, intermitente, de forte intensidade, associada à diarreia não invasiva, e perda ponderal de 6kg em 2 meses. Ao exame físico apresentava hipertimpanismo difuso, deslocamento gasoso a palpação e perilstase visível. Em colonoscopia, retite e colite de sigmóide de leve intensidade e dólico cólon. Biópsia de reto e sigmoide evidenciando retite e colite microerosiva discreta, permeação neutrofilica do epitélio de revestimento glandular e edema de lâmina própria, sem granulomas e fissuras. Zonas estenóticas intestinais delgadas nas porções de transição jejuno ileal e íleo proximal visíveis à RNM. Durante a internação, foi realizado terapia nutricional pré‐operatória e ressecção de segmento estenosado com anastomose primária latero‐lateral jejuno‐ileal. Paciente teve boa evolução pós‐operatória, sem complicações.

Discussão: O curso e o prognóstico da doença de Crohn são variáveis e difíceis de prever. A maioria dos pacientes apresenta um fenótipo inflamatório no momento do diagnóstico e, podem evoluir com estenoses e/ou fístulas. O controle da inflamação crônica pode prevenir tais complicações. O uso de imunobiológicos anti‐TNF reduz a necessidade de realização de cirurgia, visto que, diminuem o processo inflamatório e suas consequentes complicações; no entanto, quando presentes, a intervenção cirúrgica é necessária. O tratamento cirúrgico é a primeira estratégia de resgate em pacientes com doença de Crohn refratária a esteroides ou refratária ao uso de imunomoduladores. A intervenção cirúrgica com ressecção intestinal e anastomose tem sido considerada uma estratégia de apoio nesses pacientes e naqueles que apresentam complicações. A anastomose latero‐lateral é a técnica cirúrgica preferida, com diminuição das taxas de deiscência de anastomose e estenoses, entre outras complicações pós‐operatórias.

Considerações finais: O tratamento indicado para pacientes com doença de Crohn estenosante é a ressecção intestinal e anastomose latero‐lateral.

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Journal of Coloproctology

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