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Vol. 37. Issue S1.
Pages 139 (October 2017)
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Vol. 37. Issue S1.
Pages 139 (October 2017)
P‐153
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TRATAMENTO DE CONDILOMAS GIGANTES COM MEDICAÇÃO TÓPICA: RELATO DE CASOS
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Christiane Diva Campos Veneroso, Caio Cirillo Freitas da Silva, Nayara Moraes Guimarães da Silva, Vinicius Amaro Chagas Mesquita, Renata Rocha Barbi, José Ricardo Hildebrandt Coutinho, Jorge Benjamin Fayad
Hospital Federal de Ipanema, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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Introdução: O condiloma acuminado gigante é uma patologia rara causada pelo papilomavírus humano, cujo tratamento é controverso. Grande parte dos autores sugere tratamentos cirúrgicos isolados ou associados a tópicos. Muitas vezes são feitas grandes ressecções, necessita‐se de reconstruções complexas ou colostomia.

Casos clínicos: 1) G.A.S.C., homossexual masculino, HIV positivo, em tratamento antirretroviral, apresentava tumoração grande na margem anal, macia ao toque e não ulcerada. Feitas aplicações locais de podofilina a 25%. A lesão apresentou regressão quase completa após sete aplicações. 2) T.A.S., homossexual masculino, HIV positivo, em tratamento antirretroviral, apresentava lesão condilomatosa gigante na margem anal, que regrediu significativamente com quatro aplicações locais de creme de podofilina. Feita retirada de pequeno segmento pediculado com anestésico local, foram necessárias cinco aplicações locais para regressão quase total da lesão.

Discussão: O condiloma acuminado gigante é caracterizado por transformação maligna para tumores francamente invasivos em 1/3 dos casos. A infecção pelo HPV foi demonstrada em 96% dos casos descritos na literatura. Múltiplas modalidades de tratamento cirúrgico e tópico têm sido usadas isolada ou associadamente, com resultados discrepantes, assim como os preconizados tratamentos com radioterapia, quimioterapia sistêmica e terapia com interferon. A podofilina é um agente citotóxico de ação necrotizante que inibe a mitose das células epiteliais e apresenta uma taxa de regressão de 22 a 98% das lesões.

Conclusões: Tivemos excelentes resultados com podofilina a 25% em vaselina sólida tópica, uma solução barata e de fácil manuseio, em sessões semanais nos dois pacientes descritos, evitamos tratamentos cirúrgicos complexos e colostomias. Procedimentos cirúrgicos, quando necessários, foram pequenos e com anestesia local. Esse tratamento deve ser considerado primeira opção em pacientes com condilomas gigantes, que sejam tumorações macias, não ulceradas, sem fistulização e com biópsia de benignidade. Considerando as manifestações tóxicas associadas ao uso da podofilina, sugerimos não colocá‐la em contato com mucosas e não usar em áreas superiores a 10 cm2 e em gestantes.

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Journal of Coloproctology

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