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Vol. 38. Issue S1.
Pages 11-12 (October 2018)
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Vol. 38. Issue S1.
Pages 11-12 (October 2018)
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TUMOR CARCINOIDE RETAL SIMULANDO GRANULOMA DE ANASTOMOSE
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Italo Filipe Cardoso Amorim, Katyara Rodrigues Fagundes, Emerson Abdulmassih Wood da Silva, Luciano Ricardo Pelegrinelli, Aurélio Fabiano Ribeiro Zago, Gustavo Roberto Carvalho Tiveron, Izadora Lorena Ferreira Reis
Hospital de Clínicas, Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), Uberaba, MG, Brasil
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Introdução: Os tumores carcinoides são derivados das células enterocromafins com capacidade de produzir os mais diversos mediadores neuroendócrinos. São tumores raros com prevalência de 0,7 a 4,48 casos para cada 100 mil hab, perfazendo pouco menos de 0,5% de todas as malignidades. Os sítios de maior incidência são o trato gastrintestinal (67,5%) e o sistema broncopulmonar (25,3%). Dentre os tumores do trato gastrintestinal, a maioria ocorre no intestino delgado, apêndice e reto. A taxa de sobrevida global em 5 anos para tumores carcinoides, independentemente do local, é de 67,2%, demonstrando quão indolente é o tumor.

Descrição do caso: Paciente 68 anos, feminino em acompanhamento no ambulatório de coloproctologia após realização de colectomia total com anastomose ileorretal manual em 2010 devido a doença diverticular pancolônica hemorrágica. Realizou retossigmoidoscopia flexível em 2018 que evidenciou anastomose íleorretal termino‐terminal, ampla e pérvia, com discreta irregularidade, formada por pequenas nodulações puntiformes, pálidas, sugerindo hiperplasia nodular linfoide; mucosa retal lisa, sem alterações. O exame anatomopatológico mostrou fragmentos de mucosa retal contendo aspecto fortemente sugestivo de tumor neuroendócrino e depois confirmado pela imunohistoquimica.

Discussão: A localização retal do tumor carcinoide é a terceira mais comum no trato gastrintestinal, geralmente localizando‐se de 4 a 13cm da linha pectínea e representa 1,3% de todos os tumores retais. O diagnóstico de um tumor neuroendocrino retal é, na maioria dos casos, feito acidentalmente após a realização de sigmoidoscopias ou colonoscopias. A lesão encontrada pode ter características peculiares como a forma polipoide séssil, endurecida, de localização submucosa e aspecto amarelado.O tratamento é baseado no tamanho da lesão, na presença de invasão da muscular própria ou de doença disseminada. Para lesões com menos de 1cm, a excisão endoanal é o tratamento mais adequado, já que a polipectomia endoscópica apresenta uma alta frequência de recidiva quando não se utiliza o ultrassom endoscópico para estadiamentoprévio da lesão. Naqueles maiores que 2cm, as ressecções retais estão indicadas e as lesões entre 1 e 2cm devem ser tratadas de acordo com a presença ou não de invasão da muscular própria.

Conclusão: Quanto mais precoce é o diagnóstico, melhor é o estadiamento da lesão, podendo ser feito o tratamento apenas com ressecção endoscópica, como neste caso.

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Journal of Coloproctology
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