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Vol. 38. Issue S1.
Pages 63 (October 2018)
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Vol. 38. Issue S1.
Pages 63 (October 2018)
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TUMOR DE BUSCHKE‐LOWENSTEIN: UM RELATO DE CASO
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Judith de Almeida Bringsken, Silvana Marques e Silva, Andre David da Silva, Olane Marquez de Oliveira, Mario Nóbrega de Araujo Neto, Renata Gomes Ramalho, João Batista Tajra
Instituto Hospital de Base do Distrito Federal, Brasília, DF, Brasil
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Introdução: Descrito pela primeira vez em 1925, é uma afecção rara que tem sido relatada ao longo dos anos. Apresenta‐se como uma tumoração vegetativa a partir de uma infecção por HPV, de carater benigno, porém tem sido relatado pontos focais de malignização invasiva. O tratamento indicado é a excisão local.

Descrição: Mulher, 58 anos, branca, sem comorbidades, etilista aos finais de semana, ex‐tabagista. Sorologias para HIV, Hepatite C e B negativas e sem história de doença sexualmente transmissível. Notou aparecimento de lesão verrucosa perianal em fevereiro de 2017, com crescimento importante a partir de outubro. Ao exame apresentava uma lesão exofítica lateral esquerda e direita, avermelhada com bordas bem delimitadas e de consistência fibroelastica. RNM de pelve demonstrou Lesão expansiva compatível com neoplasia primária no canal anal, pedunculada, protruíndo atraves do ânus, sem comprometimento da musculatura esfinctérica e sem linfonodomegalias inguinais ou pélvicas. Biopsia da lesão: Carcinoma intraepitelial não queratinizado com focos de invasão incipiente. Realizado ressecção local e cauterização das lesões condilomatosas residuais. Avaliação histológica da peça: Lesão invasora que surge de neoplasia intraepitelial de padrão condilomatoso. Padrão de crescimento exofítico e endofítico. Margens livres para carcinoma invasor e comprometidas para NIA. Sem invasão angiolinfática e perineural. Não foi indicado adjuvancia pela oncologia.

Discussão: O tumor de Buschke‐Lowenstein é uma afecção rara, que acomete 0,1% da população, mais frequente no sexo masculino, caracterizado pelo crescimento local lento. O comportamento biológico é considerado intermediário entre o condiloma acuminado e o carcinoma espinocelular. Clinicamente indistinguível de um condiloma, causado assim o seu subdiagnóstico, e inviabilizando realização de ensaios controlados. São preconizados vários tipos de tratamentos como excisão local, agentes tópicos e radioterapia. Reservando amputação apenas para casos invasivos ou recorrências.

Conclusão: É um tumor que tem potencial de malignização de 30 a 60%, a depender da manutenção da lesão do HPV, como consequencia, pode ser prevenida com uso de preservativos, higiene local e vacinação. O tratamento preconizado é conservador, porém em casos graves pode ser indicado até Amputação abdominoperineal. Devido a rarirade dos casos, ainda não se realizou ensaio controle para homogeinização de condutas.

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Journal of Coloproctology

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