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Vol. 38. Issue S1.
Pages 79 (October 2018)
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Vol. 38. Issue S1.
Pages 79 (October 2018)
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TUMOR ESTROMAL GASTROINTESTINAL DE CANAL ANAL RECIDIVANTE: RELATO DE CASO
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Juliete Borel de Oliveira Silva Aguiar*, Iara Moscon, Giovanni José Zucoloto Loureiro, Ana Fernanda Ribeiro Rangel, Felipe Sampaio Soares Aspahan, Patrícia Araújo de Freitas, Letícia Goulart Campos
Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes (HUCAM), Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Vitória, ES, Brasil
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Introdução: O GIST, da sigla em inglês Gastrointestinal Stromal Tumor, é um tumor raro do trato gastrointestinal, que compreende de 0,1‐3,0% de todas as neoplasias gastrointestinais.

Descrição do caso: Paciente do sexo feminino, 52 anos, procedente São Mateus‐ES, procurou o Hospital Universitário do Espírito Santo. Referia tumoração em margem anal de crescimento progressivo há 5 anos, com 5cm de diâmetro. Foi submetida a ressecção de lesão, com Imuno‐histoquímica compatível a GIST. Após perda de seguimento de 5 anos, retornou queixando‐se de hematoquezia, dor perineal em pontada não associada a evacuação, perda de 16Kg, fezes em fita há 1 ano. Ao exame, recidiva de massa retrorretal com invasão de região posterior do canal anal, de reto inferior e sangramento ao toque da lesão. À RNM de abdome total, volumosa formação expansiva sólida heterogênea de contornos regulares em partes moles, posterior ao canal anal, no sulco interglúteo, realce heterogêneo ao contraste, sem plano de clivagem com parede posterior do ânus, medindo 8,2×7, 3×6,7cm, comprimindo e deslocando lateralmente o assoalho pélvico e anteriormente o canal anal e introito vaginal. Realizada amputação abdomino perineal, colostomia terminal de descendente e metastasectomia hepática de segmentos II e III, sem intercorrências. À histologia e imuno‐histoquímica, compatível com GIST (CD117, KI‐67 e DOG1 positivos). Paciente evoluiu bem no pós‐operatório, recebeu alta com encaminhamento a oncologia.

Discussão: GIST é mais frequente no estômago (60‐70%), enquanto em região anorretal é raro (5%). As manifestações mais comuns são dor, alteração do hábito intestinal, obstrução, sintomas urinários como a prostatite. A imuno‐histoquímica é uma necessidade, tal como CD‐117, o resultado é não só de diagnóstico, mas também orienta terapia adjuvante, sendo um importante marcador de prognóstico.

O GIST raramente metastatiza para linfonodos regionais e a abordagem cirúrgica é o tratamento curativo. Os índices prognósticos incluem o tamanho do tumor, o índice mitótico da lesão. O Imatinib, um inibidor da tirosina quinase, é utilizado na terapia adjuvante, com resultados promissores, com resposta em 80% dos pacientes.

Conclusão: O GIST deve ser considerado no diagnóstico diferencial nos tumores de canal anal, apesar da raridade.

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Journal of Coloproctology
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