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Vol. 38. Issue S1.
Pages 91 (October 2018)
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Vol. 38. Issue S1.
Pages 91 (October 2018)
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TUMOR MIOFIBROBLÁSTICO INFLAMATÓRIO: RELATO DE CASO
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Hugo Samaritne Junior, Guilherme Zupo Teixeira, Ariane Caetano Hardy, Milossi Estheisi Romero Machuca, Andressa Marmiroli Garisto, Antonio Jose Tiburcio Alves Junior, Jose Alfredo Reis Junior
Clínica Reis Neto, Campinas, SP, Brasil
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Introdução: Tumores miofibroblásticos inflamatórios (TMI) são lesões raras, com baixa tendência a malignidade. Caracterizados pela infiltração de células inflamatórias em diversos tecidos do corpo, o abdome ocupa o segundo lugar mais prevalente, sendo o mesentério o local mais afetado.

Descrição: Paciente feminina, 67 anos, encaminhada por desconforto em região de fossa ilíaca direita a 2 anos e massa abdominal em região hipogástrica de grande volume ao exame físico. Solicitados Alfafetoproteína, CA 125, CEA, CA 19.9 dentro da normalidade e exames de imagem. Em Tomografia de abdome visualizado lesão expansiva em raiz de mesentério/retroperitoneal pélvica, heterogênea e hipervascularizada, deslocando estruturas adjacentes sem comprometimento estrutural, com extenso contato com alças de sigmoide, provocando colabamento intestinal, sem distensão, confirmado em colonoscopia. Realizado laparotomia exploradora com retossigmoidectomia, enterectomia segmentar, pan‐histerectomia segmentar e exérese de implantes de jejuno, recebendo alta hospitalar no terceiro pós‐operatório. Análise histopatológica revelou proliferação intestinal de pequenas células redondas em tecidos Peri intestinais e Imunohistoquímica com marcadores positivos para ALK 1 e Desmina com componente celular multifocal. Segue em acompanhamento ambulatorial periódico sem novas queixas até o presente momento.

Discussão: De etiologia desconhecida, sugere‐se que TMI's sejam decorrentes de processos infecciosos, traumas ou múltiplas cirurgias pélvicas. Tem predomínio na faixa etária pediátrica e adulto jovem, sem diferença significativa entre sexos, sendo 15‐40% dos casos assintomáticos. Quando localizado em abdome, costumam estar associados a dor, perda de peso, disfagia, constipação entre outros sintomas. Apesar da baixa tendência a malignidade, crescimento lento e de não produzir metástases, tem sua mortalidade correlacionada à extensão tecidual afetada. Com manifestações clínicas inespecíficas, seu diagnóstico é basicamente histológico, sendo confirmado tambem por imunohistoquímica e análise de anticorpos para diagnóstico diferencial dos tumores malignos do trato intestinal.

Conclusão: Neoplasia pouco frequente, com quadro clinico inespecifico, dificilmente recordada antes ou durante a cirurgia, deixando seu diagnóstico reservado para estudos complementares após o procedimento.

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Journal of Coloproctology
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