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Vol. 38. Issue S1.
Pages 92 (October 2018)
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Vol. 38. Issue S1.
Pages 92 (October 2018)
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TUMOR NEUROENDÓCRINO E ADENOCARCINOMA GASTROINTESTINAIS SINCRÔNICOS: UM RELATO DE CASO
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Thais Yoko Ferreira Koga, Anderson de A. Maciel, Angelo Rossi da S. Cecchini, Isaac J.F. Correa Neto, Hugo Henriques Watte, Alexander de Sa Rolim, Laercio Robles
Hospital Santa Marcelina, São Paulo, SP, Brasil
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Introdução: A incidência de neoplasia sincrônica em pacientes com câncer colorretal é de 5%, sendo as lesões geralmente do mesmo tipo histológico. A coexistência de tumor carcinoide e adenocarcinoma colorretal é rara.

Descrição do caso: Sexo feminino, 65 anos com história de dor abdominal difusa associada a mudança do hábito intestinal com diarreia aquosa sem muco, pus e sangue intermitente e perda de 7% do peso corporal em 8 meses de evolução. Ao exame físico verificado paciente sem sinais de desnutrição e abdome doloroso à palpação flanco direito, sem massas palpáveis. Iniciado propedêutica complementar com a realização de colonoscopia que evidenciou em cólon transverso proximal lesão vegetante, infiltrativa e intransponível ao aparelho, sendo o anátomo‐ patológico compatível com adenocarcinoma moderadamente diferenciado. Realizados exames de estadiamento oncológico com evidência de espessamento de paredes de cólon transverso com linfonodos ao redor, CEA de 8,4ng/dl, sendo indicado procedimento cirúrgico. Durante o ato operatório, identificado tumoração em cólon ascendente e intussuscepção do íleo distal em ceco. Procedeu‐se a hemicolectomia direita com íleo‐transverso anastomose. Evoluiu bem clinicamente no pós‐ operatório, recebendo alta no sexto dia após a cirurgia. O anatomopatológico e a imunohistoquímica confirmaram tumores sincrônicos: adenocarcinoma de cólon ascendente (T3) e tumor carcinoide de íleo (T3), com metástase de tumor carcinóide em 8 dos 36 linfonodos ressecados. Mantém acompanhamento oncológico regular, sem sinal de recidiva da doença.

Discussão: Enquanto o adenocarcinoma colorretal é uma das três mais comuns neoplasias, os tumores neuroendócrinos do trato gastrointestinal são considerados relativamente raros, com maior incidência no apêndice cecal. A diferenciação histológica com auxílio da imunohistoquímica no pós‐operatório é importante já que o tumor neuroendócrino tem um prognóstico pior em comparação ao adenocarcinoma.

Conclusão: A associação de neoplasias colorretal com histologias distintas é um evento raro com necessidade de comprovação imunohistoquímica para um tratamento individualizado

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Journal of Coloproctology

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