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Vol. 38. Issue S1.
Pages 77 (October 2018)
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Vol. 38. Issue S1.
Pages 77 (October 2018)
P238
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UM RARO CASO DE TUMOR METASTÁTICO NO CÓLON ORIUNDO DO PERITÔNIO PARIETAL
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Pedro Ivo Calegari, Ayr Nasser Junior, Hélio Moreira Junior, Livia Carmignolli Gomes, Mayara Dias Alencar, Valesca de Souza Ueoka, Malú Aeloany Dantas Sarmento
Hospital das Clínicas (HC), Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, GO, Brasil
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Introdução: No Brasil, o câncer primário de cólon e reto corresponde ao 3° tipo mais comum em homens e o 2° mais frequente entre as mulheres. Porém o câncer metastático para o cólon e reto é considerado raro, e há poucos estudos epidemiológicos que revelam a incidência de implantes secundários colorretais. Os sítios primários mais comuns de metástases para cólon e reto são a mama, o melanoma e o pulmão. Entretanto, a identificação do sítio primário é um desafio. No presente relato de caso, nos deparamos com a dificuldade na diferenciação entre neoplasia primária epitelial de ovário e primária do peritônio.

Objetivo: Relatar um caso clínico de metástase colônica com sítio primário no peritônio e revisar a incidência, a principal forma de apresentação clínica das metástases nos cólons, sítios primários e as opções terapêuticas, buscando aumentar a sobrevida dos pacientes e melhorar a eficácia do diagnóstico.

Relato de caso: Paciente do sexo feminino, 58 anos, caucasiana, assintomática, que procurou se submeter a uma tomografia de abdome devido histórico familiar de aneurisma de aorta abdominal. Exame radiológico evidenciou lesão de aspecto sólido e forma arredondada aderida à parede do cólon ascendente. Colonoscopia evidenciou lesão extramucosa com discreto abaulamento parietal do cólon ascendente. Dentre os marcadores tumorais, CA 125 se apresentou elevado (263,10) e CEA normal (1,23). Realizado colectomia direita laparoscópica e o inventário da cavidade descartou lesões a distância. O histopatológico sugeriu tratar‐se de metástase mural de adenocarcinoma de ovário e a avaliação imuno‐histoquímica evidenciou marcadores positivos: Citoceratina 7, Ki‐67, PAX 8, CA‐125 e WT1‐proteína Tumor Wilms.

Conclusão: Considerando a raridade desse tipo de disseminação metastática, optou‐se por salpingooforectomia bilateral laparoscópica com remoção de peritônio adjacente. A avaliação histopatológica descartou células neoplásicas nos ovários, mas confirmou a presença de implantes no peritônio parietal. Deste modo, definiu‐se o diagnóstico de tumor primário de peritônio. Após discussão multidisciplinar foi proposto quimioterapia e, posteriormente, histerectomia total.

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Journal of Coloproctology

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